sábado, 29 de novembro de 2008

KATSOURANIS PROVOCA RUPTURA NO BALNEÁRIO

Katsouranis e Luísão, na época passada: grego continua em desarmonia no Benfica esta época
Grego recusou-se a jogar a defesa central contra Olympiakos

Katsouranis não quis ser novamente adaptado a defesa-central no embate com o Olympiacos. Ao que O JOGO apurou, horas antes do encontro com o emblema grego, Quique Flores conversou com o médio, perguntando-lhe como se sentia, pois contava com ele para assumir funções no eixo da defesa, ao lado de Sidnei. O camisola 8 respondeu que estava bem, dentro do possível, pois tinha falhado treinos durante a semana, em face da virose que lhe afectou as vias respiratórias. E. tal como o técnico espanhol viria a revelar no final da partida, Katso contou, em percentagem, a sua forma nuns 70 por cento. Ora, dentro deste rendimento, o internacional helénico comentou com Quique Flores que preferia alinhar no meio-campo, a sua posição de origem.
O JOGO sabe que a conversa não teve qualquer contorno de discussão e foi, antes, uma troca de impressões, pois Quique Flores queria lançar novamente David Luiz a fechar a lateral esquerda. Só depois do diálogo com Katsouranis - até poderia fazer o seu 100.º jogo de águia ao peito - David Luiz passou a ser opção para o eixo e Jorge Ribeiro para a sua habitual posição.
De forma global, na análise dos ex-jogadores contactados por O JOGO, Katsouranis não deveria ter ido para o banco.
Fonte: OJogo

BENFICA PODE ALCANÇAR 1º LUGAR

Naval consegue empate no último minuto
LEIXÕES 1-1 NAVAL
O líder sofreu uma decepção tardia quando se preparava para receber a melhor das prendas de aniversário. José Mota teve de ir ao banco buscar o emissário Zé Manel para o Leixões fazer o golo aos 73 minutos, mas a Naval empatou por Simplício já depois do minuto 90, quando nada o fazia prever. De qualquer modo, o Leixões pode e deve celebrar o seu 101º ano de existência de consciência tranquilíssima.
O que mais impacto causa nesta equipa de Matosinhos é a serenidade que aparenta numa missão que à partida não seria a sua. Atirado numa frente de batalha normalmente ocupada por outras forças, os bravos do pelotão leixonense limitam-se a encolher os ombros e a enfrentar com um sorriso nos lábios a mais arriscada das tarefas: gerir o primeiro posto sob o olhar impiedoso dos holofotes da fama.
Diante da Naval, seria normal e desculpável uma ligeira quebra de rendimento, tal a pressão exterior dos últimos tempos. Mas não, ao contrário do que sugere o empate. O Leixões assumiu o leme da peleja desde o primeiro instante, não desanimou diante dos muitos golos desperdiçados, insistiu no bom futebol e só por muito pouco não acabou premiado com mais uma vitória na Liga.
Aumenta a pressão, tardam os golos
O Estádio do Mar pulsava de júbilo num dia tão importante para o seu Leixões. E nem a intempérie que se fez sentir acalmou os ânimos das bancadas. Gritou-se golo aos sete minutos num remate de cabeça de Wesley e voltou a gritar-se aos 26, num cabeceamento de Braga. Mas a óptica iludia. Não havia forma de bater o heróico Romuald Peiser.
E como do outro lado até estava uma equipa que sabe bem o que quer, Beto foi obrigado a corrigir um erro gravíssimo de Elvis bem em cima do intervalo. Fora esta anormalidade, a bola regressou à zona do terreno onde mais tempo passou: o meio-campo da Naval.
A compressão sobre os navalistas aumentava e a impaciência agudizava os comandantes da Liga. Mais oportunidades flagrantes de golo: Diogo Valente, o perdulário da noite, atirava ao lado na pequena área da Naval e exagerava na dimensão do chapéu aos 66 minutos. Bastava de expectativas defraudadas, era chegada a hora de José Mota mexer no banco.
Seria já com Chumbinho e Zé Manel em campo que o Leixões chegaria ao golo. O passe de Braga (mais uma grande actuação) é muito bom e o desvio de Zé Manel ainda melhor. Tudo isto sem o contributo inspirado de Wesley, que terá feito esta noite o pior jogo da época.
E quando já todos se preparavam para a celebração, a Naval estragaria a festa mais do que justa. O pontapé de Simplício é forte, a bola bate num defesa e trai Beto. Um resultado desolador para o Leixões numa noite que lhe era tão especial.
Fonte: Maisfutebol

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

REAL MADRID QUER DI MARIA JÁ EM JANEIRO


O Real Madrid parece interessado em contratar Di Maria ao Benfica já no mercado de Janeiro. Segundo ecos da imprensa radiofónica (R. Renascença) do final da tarde de hoje, o clube madrileno quer contratar um extremo que possa substituir Arjen Robben, que tem passado grande parte da época lesionado, pelo que o argentino do Benfica será uma opção vista com bons olhos pelo treinador Bernd Shuster.
Segunto fontes ligadas aos merengues, o clube tem a intenção de contratar dois jovens extremos em idade ainda muito jovem, intenção essa que vai de encontro à idade de Di Maria. O próximo mês poderá ser decisivo na evolução deste interesse, sabendo de ante-mão que o Benfica não estará disposto a abrir mão de uma das suas jóias da coroa, pelo menos por um preço abaixo dos 20 milhões de Euros.

PAGAR CARO A INEXPERIÊNCIA

Braga 2-3 Wolfsburgo
Lição para o Sp. Braga, na 3ª jornada da fase de grupos da Taça UEFA. A equipa portuguesa tudo fez por vencer o Wolfsburgo, talvez até demais para a sua própria experiência nestas andanças, e acabou por pagar um preço elevado para ambição desmedida. Esteve por duas vezes em vantagem no marcador mas perdeu, ao cair do pano (2-3). E, assim, tem de vencer o Herenveen, na Holanda, para seguir em frente.
Jorge Jesus defendia um registo europeu notável, com uma mancha reduzida à qualidade tremenda de Ronaldinho Gaúcho, capaz de contrariar todas as tendências de jogo e garantir um triunfo para o AC Milan numa corajosa exibição arsenalista em San Siro. As ambições não foram beliscada, a vitória frente ao Portsmouth dava garantias e o apuramento continuava perfeitamente ao alcance.
O treinador da formação minhota estudou o adversário germânico, recorreu a um ex-jogador do Belenenses (Rodrigo Alvim) para perceber o que Félix Magath esperava para este encontro e lançou-se ao ataque. O Wolfsburgo vinha para o empate e, como tal, importava aumentar o caudal ofensivo da equipa, para carimbar o passaporte em casa.
Frechaut passou para o lado direito da defesa, com o sacrifício de João Pereira por troca com centímetros preciosos e César Peixoto surgiu no miolo, abrindo espaço para as correrias de Matheus pelo flanco esquerdo. Perdeu-se a objectividade de Luís Aguiar, mas o espírito guerreiro continuava por lá e o primeiro golo veio em forma de montanha russa.
Ao quinto minuto de jogo, tudo começou em Rentería. Depois, nem dá muito bem para explicar por palavras, ou até mesmo perceber, após várias repetições televisivas. Foi qualquer coisa como isto: o colombiano remata, a bola bate em Barzagli, depois em Ricardo Costa, Meyong remata, a bola bate em Barzagli, depois em Ricardo Costa, e entra na baliza. Confuso? Não importa. Estava lá dentro.
O Wolfsburgo, que partiu em igualdade pontual para esta jornada, devido a uma vitória frente ao Hereenveen, acusou o toque mas foi-se restabelecendo aos poucos. Com algum nervosismo e trapalhice à mistura, a equipa alemã acabou por ser bafejada pela sorte, para compensar o azar anterior. Ao minuto 24, Dejagah teve fé e disparou de ângulo impossível. Eduardo estava mal colocado, defendeu para o poste, a bola foi para o centro da baliza e Dzeko encostou para o empate.
O público acorreu em bom número ao Estádio AXA, numa noite gélida. Motivada pelo apoio constante, a equipa de Jorge Jesus continuou a carburar, sem algumas variações de ritmo, e voltou a colocar-se em vantagem no início da etapa complementar. Desta vez, sem ressaltos. Alan serviu Matheus e este lançou Meyong, no limite do fora-de-jogo, para o segundo golo. E o apuramento ali tão perto.
Na recta final do encontro, em esforço, veio nova igualdade. Dzeko deu uma corrida, Rodriguez lançou-se em carrinho, o adversário tocou primeiro na bola e conquistou a grande penalidade. Balde de água fria! Misimovic, o melhor jogador da equipa alemã, garantia o empate. E, com isso, o Sp. Braga partiu-se por completo. Então, com a tremenda cobiça dos três pontos, lançou-se em frente sem deixar a casa arrumada e tombou nos descontos, aos pés do mesmo Misimovic.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Benfica arrasado em Atenas

HUMILHAÇÃO!
Olympiakos 5-1 Benfica
Foi uma noite muito negra para o Benfica, em Atenas. A equipa portuguesa foi goleada pelo Olympiakos (5-1) e fica com as contas muito complicadas, nesta Taça UEFA. Na mente dos adeptos benfiquistas esteve, por certo, o jogo de Vigo.
Os «pupilos» de Quique Flores estiveram absolutamente desastrados no capítulo defensivo e nunca foram capazes de travar Diogo, Belluschi, Galletti e companhia. O objectivo era conquistar o Olimpo, mas o que se viu foi um enorme trambolhão.
Quique Flores terá avisado a sua equipa de que era preciso controlar o ímpeto inicial do Olympiakos, mas por certo não esperaria sofrer o primeiro golo com apenas 39 segundos de jogo! Se até aqui o Benfica ainda não tinha tido tempo sequer para sentir «tremedeira», o golo de Galletti só veio acentuar o nervosismo.
Reyes ainda colocou a bola no fundo da baliza, aos nove minutos, na conversão de um livre, mas o árbitro da partida assinalou falta de Nuno Gomes, no coração da área. A história do jogo podia ter sido diferente, mas como a vida não é feita de hipóteses que não se concretizam, o que se viu mesmo foram trinta minutos em que o Benfica se limitou a ver jogar, ou melhor, a ver o Olympiakos marcar. Em termos defensivos foi um desastre completo. Aos 24 minutos já a equipa grega vencia por 3-0, com golos de Patsatzoglou e Diogo.
À passagem da meia-hora o Benfica lá decidiu aparecer em campo e pouco depois, na sequência de um canto de Reyes, David Luiz reduziu a diferença. A desvantagem ainda era considerável, mas a equipa portuguesa parecia disposta a lutar pelo jogo. Um segundo golo antes do intervalo iria relançar o jogo, mas acabaria por ser o Olympiakos a marcar novamente. Novo passe para as costas de Jorge Ribeiro (completamente perdido), e Galletti a cruzar para o golo de Belluschi (44m).
Com uma aposta nos mesmos, confirmou-se o cenário negro
Ao intervalo esperavam-se mexidas, mas Quique Flores decidiu manter a confiança no mesmo «onze». Posto isto, o Olympiakos acabou por aumentar a vantagem aos 54 minutos, com novo golo de Diogo, e novamente na sequência de uma jogada pelo lado esquerdo da defesa portuguesa.
Foi então que Quique decidiu mexer na equipa, mas as primeiras apostas foram Urreta e Balboa, o que deixa entender que, nesta altura, a preocupação do treinador já era gerir o plantel com vista a outros compromissos.
Depois do 5-1 o ritmo de jogo baixou, com ambas as equipas aparentemente conformadas com o resultado. Só a entrada de Kovacevic ainda agitou um pouco, mas Quim defendeu as duas ocasiões de que o avançado sérvio dispôs.
O 5-1 persistiu até final. Um resultado que deixa a equipa do Benfica com a confiança abalada, e mais do que isso, deixa a equipa portuguesa com as contas da Taça UEFA bem complicadas.
fonte: Maisfutebol

TAÇA UEFA: Benfica e Braga em acção

Benfica e Sporting de Braga , este apenas derrotado na Europa pelo AC Milan, jogam esta noite cartadas decisivas na terceira jornada da Taça UEFA em futebol, com os gregos do Olympiacos e os alemães do Wolfsburgo , respectivamente.
BENFICA PROCURA PRIMEIRA VITÓRIA

As "águias", ao contrário do que têm produzido a nível interno, ainda não conseguiram vencer na fase de grupos da prova: depois de eliminarem os italianos do Nápoles na primeira ronda da competição, empataram em Berlim com o Herta, e perderam na Luz frente aos turcos do Galatasaray.
Depois da derrota frente ao Galatasaray , que marcou o regresso de Fernando Meira ao Estádio da Luz, os "encarnados" alcançaram três vitórias na Liga (3-0 ao Desportivo das Aves, 1-0 ao Estrela da Amadora e 2-0 à Académica).
A equipa treinada pelo espanhol Quique Flores, que completou segunda-feira seis meses à frente das "águias" , jogam na Grécia, com o Olympiacos, um jogo muito importante na luta pelo apuramento para os 16 avos-de-final da Taça UEFA. Em caso de derrota os "encarnados" são ultrapassados pelo adversário desta jornada, líder do campeonato grego, e poderão ficar no último lugar do Grupo B , com um ponto, conquistado em Berlim.

SÓ O MILAN AC GANHOU AO BRAGA

Em sentido inverso, o Sporting de Braga que esta época já disputou oito jogos nas competições europeias (Taça Intertoto e UEFA), conta com sete vitórias e apenas uma derrota, em San Siro, frente ao AC Milan , com um golo sofrido no período de compensação. Depois da exibição realizada em San Siro, onde apesar da derrota o Sporting de Braga dispôs de várias oportunidades para marcar, os minhotos podem dar um passo decisivo em direcção à próxima fase da competição. Na terceira jornada da Taça UEFA o Sporting de Braga recebe os alemães do Wolfsburgo , nos quais actuam os portugueses Ricardo Costa e Alex , equipa que ocupa o segundo lugar do grupo, em igualdade pontual com os bracarenses. O jogo de quinta-feira marca também o regresso a Portugal do guarda-redes suíço Diego Benaglio (ex-Nacional da Madeira) e do defesa brasileiro Rodrigo Alvim (ex-Belenenses), no segundo encontro do Braga na condição da anfitrião, depois da vitória (3-0) sobre o Portsmouth, na ronda inaugural.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

BARCELONA DE OUTRA GALÁXIA

Champions League: SPORTING 2-5 BARCELONA
Um Barcelona de classe extra foi a Alvalade explicar por que razão é, de momento, um dos mais fortes candidatos à vitória nesta edição da Liga dos Campeões. Pelo caminho, a equipa catalã decidiu a pequena questão em aberto do primeiro lugar no grupo C e, no que se torna mais relevante para os portugueses, com a maior derrota alguma vez sofrida em casa pelos leões nas provas europeias, deu ao Sporting de Paulo Bento a justa medida do muito que o separa dos grandes da Europa.
Oficialmente, o desfecho ficou decidido antes dos 20 minutos, com o segundo golo catalão. Mas desde o primeiro número de circo de Messi e do consequente livre de Xavi à trave (7 m) que os adeptos do Sporting já tinham percebido o essencial: mesmo sem Etoo, Puyol, Sylvinho e Iniesta, entre outros, a equipa de Guardiola entrava em campo com a atitude séria de quem tem um estatuto a defender. E, por essa disposição, a esperança de ver repetida uma proeza como a de há dois anos, com o Inter, tornava-se uma miragem sem qualquer ponto de contacto com a realidade.
Talvez o tropeção com o Getafe, há quatro dias, fosse um factor de motivação extra para os azuis-grená. O certo é que, além de Messi, também Henry, Hleb, Gudjohnsen, Daniel Alves e companhia capricharam em mostrar por que razão este Barcelona passou, em apenas três meses, de pretexto para as mais variadas desconfianças a uma máquina de futebol ofensivo e inteligente, por força de uma organização exemplar, que tem em Xavi a grande referência.
Por tudo isto, é difícil avaliar até que ponto um Sporting mais concentrado e sem cometer tantos erros grosseiros, poderia ter evitado este desfecho perante uma equipa que, em especial nos primeiros 60 minutos, praticou do melhor futebol que Alvalade terá memória.
A exasperante lentidão de Grimi na recuperação defensiva, por exemplo, esteve na origem do primeiro golo, com Messi a entrar em velocidade numa defesa descompensada e a fazer gato-sapato de Daniel Carriço para oferecer o golo a Henry. A colaboração involuntária de Polga no segundo golo, apenas três minutos mais tarde, precipitou tudo o resto. Até ao intervalo, o Barcelona trocou a bola como quis, com Liedson e Yannick condenados a passar fome, bem longe da área de Valdés.
Com o jogo na mão, Guardiola poupou Henry e, pouco depois, Messi, não sem que o argentino tivesse concluído a sua visita de Estado com o terceiro golo da noite: a defesa do Sporting parou para organizar a barreira e Daniel Alves não pediu licença para, em bicos de pés, isolar o prodígio argentino.
A goleada parecia inevitável e foi nesta altura que o jogo teve um momentâneo lapso de razão: aproveitando alguma desconcentração catalã, Miguel Veloso converteu um livre exemplar e, no lance seguinte, após perda de bola de Marquez, Liedson surgiu na cara de Valdés para fazer um 3-2 perfeitamente ilusório, face ao que estava a ser o jogo.
A ilusão não durou sequer um minuto, porque esta era daquelas noites determinadas pela lei de Murphy, segundo a qual tudo o que pode correr mal, correrá. De outra forma, como explicar aquele corte atabalhoado de Caneira, que na ânsia de evitar o remate do jovem Pedro fez um chapéu perfeito a Rui Patrício (68 m)? E como explicar que, quatro minutos mais tarde, Bojan surgisse na cara de Patrício, obrigando o guarda-redes do Sporting a uma saída desesperada, que resultou em expulsão cruel e no inevitável quinto golo?
Para os homens de Paulo Bento fica a evidência de que esta não era uma guerra que tivessem argumentos para travar: resta-lhes recuperar o orgulho e fechar esta fase de grupos com uma vitória em Basileia. Uma equipa que, em comum com este grande Barça, tem apenas a cor dos equipamentos.

O estado actual do futebol português de clubes

Artigo de opinião
FC PORTO
As recentes vitórias do FC Porto, não só no campeonato e na taça, mas principalmente na Liga dos Campeões trazem à tona factos incontornáveis e indesmentíveis. A vitória categórica mas previsível de ontem na Turquia e consequente qualificação provam mais uma vez que o FC Porto é desde há anos a esta parte a única equipa portuguesa com estatuto europeu, com um estofo de campeão capaz de ombrear, mesmo em fases de menor brilhantismo, com os colossos europeus. Grande eco se fez na imprensa acerca da qualificação do Sporting, a primeira da sua história, relativamente ao FC Porto, não há ecos, há apenas a aceitação de algo natural.
Na verdade, muita azia deve nesta altura circular pelos corredores da Uefa, principalmente no Sr. Platini, bem como da Luz e de Guimarães, proclamados carrascos dos campeões nacionais nos gabinetes burocráticos do futebol, no início da época. De Platini nunca mais se ouviu falar, a não ser devido à sua intransigência em discutir a introdução de meios tecnológicos na arbitragem. Quanto ao Benfica e ao Guimarães... uns arrastam-se pela Liga, tendo caído nas provas europeias, outros estão em grande a nível nacional - diga-se em boa verdade -, mas na Europa é o que se vê.
Relativamente à imprensa desportiva portuguesa: é tendenciosa, parcial e funciona por lobbies e compadrios. Muitos foram os jornais e canais televisivos que fizeram antecipadamente o funeral ao FC Porto. As manchetes da Bola e os comentários dos jornalistas de serviço nos jogos da TVI têm sido ridículas(os). Em dias em que o FC Porto joga cartadas decisivas na Europa ou se realizam clássicos na Taça de Portugal (Sporting-FC Porto), as manchetes do jornal lisboeta vão para os treinos do SLB. Até o Leixões se vê colado ao grande emblema de Lisboa devido à cor do seu equipamento: Vermelhão. Vermelha devia ser a cor da face desses senhores porque a isenção de análise e a ausência de clubites devia ser um princípio básico na sua profissão.
Os factos anteriores não invalidam de forma alguma os erros cometidos pelos responsáveis do clube na construção do plantel e na gerência da própria imagem do clube. Falhas ao nível do casting da equipa são flagrantes. A principal, a meu ver, é o problema de como substituir um jogador como Quaresma. Resposta: como em anos anteriores, contratando um brasileiro-promessa como foram os casos bem-sucedidos de Carlos Alberto e principalmente de Anderson. O FC Porto precisa de fantasia na equipa e C. Rodriguez está longe de lha poder dar. Mercado de Inverno pode trazer solução.
SPORTING
Em primeiro lugar, há que parabenizar o grande clube lisboeta pela inédita passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Apesar de ter ficado num grupo claramente desiquilibrado, onde só o Barcelona é opositor, a proeza dos leões é digna de registo.
Falando do Sporting no contexto do futebol nacional desta época: lamentável. Para um clube que sempre quis primar pelo fair-play, sempre se impôs ou quis impor de forma altiva e muitas vezes arrogante e vaidosa na luta pela verdade desportiva, vir agora usar uma estratégia sórdida de pressão sobre a débil classe da arbitragem é enorme contra-senso e política de ruptura com os princípios que pareciam ser bandeira do clube.
O comportamento de Paulo Bento - autêntico batedor da dita estratégia - roça o ridículo, não só pela inflexão abordada, mas principalmente porque se funda em factos aparentemente ficcionais e ficcionados. Bento fala de erros de arbitragem que prejudicam o Sporting, mas ninguém ainda os viu, ou se os viu, como foi o caso do jogo da Taça com o FC Porto, viu o dobro dos casos que beneficiaram a equipa leonina. Na verdade, para quem viu com isenção esse e outros jogos do Sporting, não se percebe como é que após os ditos jogos (também com a Naval), é dado direito de antena às declarações mirabolantes de Paulo Bento, não só a falar de "nojo", "fim de carreira" e "incompetência", como também até - pasme-se!- a sugerir aos seus adeptos violência contra os árbitros que vão a Alvalade.
Este facto tem provocado mudanças de cultura no universo leonino, mudanças essas que afectam, além da massa associativa - ainda dividida e claramente desorientada - os comentadores televisivos ligados ao clube. Na SIC, Dias Ferreira perdeu completamente o bom senso, virando-se contra tudo e contra todos, disparando em todas as direcções e alinhando em princípios agressivos nada condizentes com o tal fair-play que era apanágio dos sportinguistas. Rui Oliveira e Costa, na RTPN, já não consegue analisar situações de jogo em que o Sporting é claramente beneficiado e ainda ontem destacava e aplaudia com nítido e patético orgulho a estratégia, nas suas palavras "Pedrotiana", de pressão sobre a arbitragem. O exemplo mais faccioso e ridículo surge na análise às sucessivas expulsões de Derlei, por actos descarados de violência. Na óptica do dito comentador, o brasileiro (que até já jogou com Petit no Benfica) vem com a cultura do FC Porto. Claro, tinha que ser, afinal esta estratégia do Sporting até é culpa do Pedroto. Falta dizer que o Pinto Da Costa paga ao Paulo Bento para se virar contra os árbitros. Sinal dos tempos.
A imprensa, essa, preferia e prefere condenar o FC Porto dos tempos áureos de Pinto Da Costa, não procedendo de igual modo agora que estamos nos tempos áureos de Paulo Bento.
E os portistas vão-se rindo destas coisas. E com razão. Afinal defendem um clube coerente e com estatuto europeu.
BENFICA
O plantel às ordens de Quique Flores é o melhor dos últimos 15 anos, pelo que o Benfica tem este ano uma oportunidade de ouro para voltar a vencer o campeonato. O investimento foi avultado, nasceu o canal oficial do clube, o FC porto parece em fase de transição e por isso mais fraco, o Sporting vive momento de mudança estratégica e de imagem. Todos estes factores podem contribuir para o sucesso dos encarnados, mas não podemos esquecer o factor talvez mais determinante: Luís Filipe Vieira está calado.
Está calado, e isso é perigoso para portistas e sportinguistas. Senão vejamos: das duas vezes que Vieira apareceu a cantar as suas habituais cantilenas, a primeira foi no início da época, quando atacou o FC Porto por causa da presença na Champions; a segunda foi há uns 15 dias, aquando da vitória em Guimarães. E o que sucedeu logo a seguir? - O mesmo que tem sucedido nos últimos anos de cantorias de LFV e de consequentes derrotas desportivas e não só do Benfica. O que aconteceu foi que o Benfica não foi à Liga dos Campeões e, após o jogo de Guimarães, a equipa perdeu em casa na Uefa com os turcos.
Este silêncio de Vieira prolonga-se no tempo e parece-me que demonstra alguma evolução do presidente benfiquista. Aprendeu com os erros e agora só volta a falar quando o Benfica estiver a jogar bem (o que ainda não aconteceu).
De resto, a história do costume: proteccionismo escandaloso da imprensa; condescendência da arbitragem (o que dizer da atitude de Pedro Proença relativamente a Bynia antes do jogo de Coimbra?? - ridículo e grave); opinião pública fabricada pela dita imprensa. Passámos do lápis azul ao lápis encarnado que vai escrevendo e riscando pelo tempo fora.
É este o futebol que temos.
(Rodriguez)

PRIMEIRO LUGAR AO ALCANCE DO LEÃO

Champions League
SPORTING - BARCELONA (19H45 SPORTV 1)

O Sporting recebe o Barcelona num jogo relativo à 5ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, onde ambas as equipas podem dar um grande passo com vista à conquista do primeiro lugar do grupo. Com ambas as equipas já apuradas para a fase seguinte, fica a dúvida se a vontade de ficar em primeiro lugar do grupo é mais forte do que a possibilidade de poder dar descanso a alguns jogadores importantes no plantel.
Para este encontro frente ao Barcelona, Paulo Bento não pode contar com Rochemback, Tonel, Abel e Pedro Silva. No sentido inverso, Leandro Grimi, Marco Caneira e Marat Izmailov foram chamados à convocatória, onde a grande novidade é a chamada do júnior Pedro Mendes.
O técnico leonino assume sem problemas a vontade de terminar a fase de grupos à frente do grupo e realça que a estratégia do Sporting deve passar sempre por querer ficar em primeiro lugar. «É sempre melhor ser primeiro do que ser segundo. Cumprimos, à quarta jornada, o objectivo de nos qualificarmos para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, e chegamos à quinta jornada com a possibilidade de ser primeiros. Não devemos deixar de tentar fazê-lo. Os nossos esforços, a nossa organização e a nossa estratégia devem passar por tentar chegar ao primeiro lugar».
Eis a lista de convocados de Paulo Bento:Guarda-redes: Rui Patrício e Tiago;Defesas: Anderson Polga, Daniel Carriço, Ronny, Marco Caneira, Leandro Grimi e Pedro Mendes;Médios: Adrien Silva, Marat Izmailov, Miguel Veloso, Bruno Pereirinha, João Moutinho e Romagnoli;Avançados: Derlei, Yannick, Liedson, Rodrigo Tiuí e Hélder Postiga.
MESSI ESTÁ CÁ
Do lado catalão a grande expectativa vai para inclusão ou não de Leo Messi no onze titular, sendo que a grande ausência é Carles Puyol, que se lesionou no último encontro da Liga Espanhola frente ao Getafe, podendo ser substituído por Rafa Marquez. Abordando o assunto da inclusão de Messi no onze titular, o técnico espanhol Pep Guardiola não foi muito conclusivo, «Se Messi viajou, é porque pode jogar». Analisando o jogo e o adversário, o técnico mostrou grande respeito pelo Sporting e também fez uma referência à polivalência de João Moutinho, mas sempre foi dizendo que o jogo não é o jogo mais importante até agora disputado, mas que o Barcelona tem de demonstrar que é uma boa equipa. «Não creio que seja o jogo mais importante que disputámos até agora, mas sim um jogo que temos para demonstrar que somos uma boa equipa e que teremos de encarar com seriedade. Quero a equipa a jogar bem, ambiciosa e com o sentido na baliza. Se analisarmos todos os jogadores do plantel do Sporting, todos têm um nível altíssimo. O seu treinador, Paulo Bento, confere-lhes um sentido forte de grupo».
O jogo tem o início marcado para as 19h45, será arbitrado pelo árbitro italiano Matteo Trefolni , e terá transmissão na SportTV1.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

SERVIU-SE UM VELHO PORTO EM ISTAMBUL


Campeões nacionais conquistam com grande classe os oitavos da Champions
FENERBAHÇE 1-2 FC PORTO

O FC Porto garantiu a passagem aos oitavos de final da Champions ao bater esta noite o Fenerbahçe por 2-1.
O jogo foi sempre controlado pela equipa portuguesa, que se apresentou em 4x4x2, com Tomás Costa no lugar do castigado Lucho e Hulk a fazer companhia a Lisandro na frente de ataque. Foi um 4x4x2 de cariz ofensivo, com C. Rodriguez a subir pela esquerda, descendo muito bem para defender em situação defensiva.
Sentiu-se desde início que o FC Porto estava determinado a vencer o jogo, tal foi a segurança defensiva e a classe com que se impôs no ataque perante mais de 50 mil adeptos adversários. Aos 20 minutos já os campeões nacionais ganhavam por 1-0, com golo de Lisandro após centro acrobático de Bruno Alves na direita. Continuou a pressão da equipa portuguesa, com os turcos muito baralhados no meio-campo e inoperantes no ataque. O intervalo não chegou sem o segundo golo, da autoria de Lisandro, de novo após cruzamento da esquerda, numa jogada de insitência.
A primeira parte resume-se ao que anteriormente foi explanado, devendo-se acrescentar a jogada magistral assinada por Meireles e Tomás Costa: o primeiro faz passe extraordinário em diagonal para a esquerda do ataque, onde o argentino, isolado faz chapéu espectacular ao guarda-redes do Fenerbahçe. Pena que a bola tenha morrido no poste direito da baliza turca. Era o fim do jogo ainda na primeira parte.
Na segunda parte, os turcos entraram mais afoitos no ataque, com trocas posicionais que baralharam inicialmente a equipa portista. Era o melhor momento da equipa de Istambul e o FC Porto passou por alguns momentos apertados, não sem continuar bem organizado a defender e rápido a sair no ataque. Pena que Hulk desta vez tenha estado tão perdulário e individualista. A meio da etapa complementar, o brasileiro ficou isolado perante Volkan e não conseguiu acabar com o jogo.
A fase final do jogo trouxe o golo fortuito do Fenerbahçe, num ressalto após remate de Kazim Kazim. Trouxe também, ainda antes, as entradas de Pelé para o lugar de Hulk e de Guarín, para o lugar do excelente Tomás Costa. De facto, o argentino fez esquecer o seu compatriota Lucho, sempre empreendedor no meio campo, com passes certeiros e marcação rigorosa. Outros jogadores em destaque foram Lisandro, com os seus dois golos, Raul Meireles e Fernando, cada vez mais o substituto ideal de Paulo Assunção. Em geral a equipa esteve em grande nível, a jogar com classe europeia e a dar bofetada de luva branca a quem já esta época lhe fez o enterro.
Razão tem Jesualdo quando diz no final do jogo que a primeira parte deste jogo vai ser o manual de instruções da equipa para o resto da época.
O FC Porto passou à fase seguinte da Liga dos Campeões e enterrou definitivamente a crise.

FC PORTO NA CHAMPIONS LEAGUE

Hulk será uma seta apontada à baliza dos turcos
QUALIFICAÇÃO, JÁ!
Fenerbahçe - FC Porto 19h45 RTP1

O FC Porto desloca-se à Turquia para defrontar o Fenerbahçe na 5ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Depois da vitória em Kiev, o FC Porto depende de si próprio para garantir a qualificação para os oitavos-finais, podendo desde já garantir a presença na fase seguinte da prova, bastando para isso que vença na Turquia e que o Arsenal vença também o seu jogo frente ao Dinamo Kiev.
O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, não vai poder contar com Lucho González, que foi expulso na Ucrânia, e com Sapunaru que se encontra lesionado. Se o substituto do romeno no onze titular será fácil de adivinhar, Pedro Emanuel voltará ao onze para o lado esquerdo enquanto que Fucile voltará à direita para a sua posição de raíz.
Ciente que a sua equipa depende de si mesmo para chegar aos oitavos-de-final, mas que o ponto que tem de vantagem sobre o Dinamo Kiev pode não ser suficiente. Apesar de ser importante para a equipa, a ausência de Lucho parece não preocupar o técnico, «A ausência do Lucho obriga a própria equipa e o jogador que estiver a jogar a actuarem de forma diferente, mas sem alterarmos processos. Há jogadores que, durante muito tempo, marcam o estilo de uma equipa, é o caso do Lucho. Sabemos da importância que ele tem, mas recordo que, na época passada, decidimos um jogo sem a sua participação, em casa com o Marselha. Trata-se de substituir um jogador importante, mas o processo sustentará aquilo que formos capazes de fazer. Há também a ausência do Sapunaru a obrigar-nos a algumas alterações.»
Em relação à possibilidade de garantir desde já a qualificação para a próxima fase, o treinador foi cauteloso. «Somos segundos, estamos a dois pontos do primeiro lugar. Sabemos que este jogo tem uma importância e responsabilidade grandes. Assumimos isso. Obriga-nos a procurar a qualificação em definitivo. Sabemos que o Fenerbahçe é uma equipa muito boa, com excelentes jogadores, experiente e habituados a ganhar grande provas. Isso é mais um suplemento de motivação.», salientou Jesualdo Ferreira.
Do lado do Fenerbahçe, o técnico Luis Aragonés, precisa de uma vitória para pelo menos conseguir o 3º lugar, que lhe dá direito a uma presença na Taça UEFA. O principal problema do técnico espanhol está nas ausências forçadas de alguns elementos importantes na sua equipa. Na defesa o uruguaio Lugano está castigado por acumulação de cartões amarelos e Roberto Carlos está em dúvida devido a uma lesão nos dedos do pé. No centro do terreno também Selçuk Sahin vai ter de cumprir um jogo de castigo e Semih Senturk está em dúvida por ainda não ter recuperado totalmente de uma lesão.
Por isso o Fenerbahçe tem todas as esperanças depositadas no brasileiro Alex e no avançado espanhol Daniel Guiza.O jogo tem o início marcado para as 19h45, será arbitrado pelo espanhol Undiano Mallenco e terá transmissão na RTP1.

Fonte: ZeroZero

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Aimar confessa admiração pelo compatriota

Para Pablo Aimar, Lucho é o melhor jogador a actuar em Portugal
LUCHO É O MELHOR DO CAMPEONATO

Aimar mostra-se surpreendido com o Benfica e com o futebol português. O argentino elogia os companheiros de equipa Luisão e Nuno Gomes, e na hora de eleger o melhor jogador do campeonato destaca um conterrâneo que joga no F.C. Porto.
«O melhor jogador do campeonato português é o Lucho Gonzalez», disse, em entrevista à RTP, elogiando ainda o «grande treinador» Quique Flores e dois companheiros de equipa: «Nuno Gomes e Luisão não me surpreenderam, mas confirmaram que jogam bom futebol.»
Aimar voltou a sentir problemas físicos este domingo em Coimbra e não jogou, mas mostrou-se determinado em conseguir atingir o melhor nível no Benfica: «Estou bem. Felizmente o preparador-físico conhece-me muito bem e estamos a trabalhar para fazer boas coisas. Espero jogar melhor e fazer golos. Gosto de jogar atrás dos avançados e é o que tenho feito aqui. Vim para me adaptar à equipa e para que equipa ganhe títulos. Estou muito contente.»
O camisola 10 dos encarnados destacou ainda que o «Benfica é tão grande como esperava, ou ainda mais», e reforçou: «É maior do que esperava. Não esperava que jogássemos com tantos adeptos em todos os campos. Há muita paixão por futebol, principalmente nesta equipa. Espero ter mérito para estar Benfica muitos anos e espero ganhar títulos. O futebol é demasiado analisado. Falam uma semana do que aconteceu em 90 minutos.»
Aimar destacou qualquer jogo pelo «River» como o preferido da carreira e considera que «Maradona não terá sucessor». O desejo de ser chamado por El Pibe à selecção argentina mantém-se bem firme.

QUASE LÍDERES

ACADÉMICA 0-2 BENFICA
Quique Flores colocou um onze surpreendente em campo: David Luiz foi lateral-esquerdo no lugar de Jorge Ribeiro e saíram Carlos Martins, Aimar, Katsouranis e Suazo. Entraram Binya, Reyes, Ruben Amorim e Cardozo. Uma revolução que deu à equipa um aspecto mais operário que talentoso. A Académica respondeu num 4x3x3 raro esta temporada. E aí, Lito e Sougou foram dor de cabeça para os laterais encarnados durante o primeiro tempo. Deixaram de ser tanta ameaça depois do 2-0, que nasceu num penalty que deixou muitas dúvidas.
As águias entraram bem na partida, ganharam vários cantos, mas faltava algo mais para pôr Peskovic em risco. Sem o conseguirem, levaram a que a Académica equilibrasse a partida e, depois, até foram os estudantes a criar o primeiro grande lance de perigo, com Sougou a atirar à trave.
O Benfica ressentia-se da falta de um criativo no miolo, mas é nessas alturas que Nuno Gomes tem o hábito de sobressair. O capitão fez mais uma assistência para golo, desta vez a descobrir Ruben Amorim, de pé esquerdo. Não finta, não progride com a bola em corrida? Pode ser, mas compensa com uma visão de jogo rara. Descobriu o caminho do golo e Ruben Amorim teve um regresso feliz após lesão.
Com o encontro dividido, o 1-0 tranquilizou as hostes encarnadas, mas do outro lado a Académica estava ainda muito atrevida e talvez a justificar outro resultado. Isso mudaria depois do intervalo.

O intervalo trouxe os mesmos onzes, mas cedo os técnicos começaram a mexer nas equipas. E tudo por culpa do penalty assinalado por Pedro Proença. Com Cardozo em campo, uma grande penalidade transforma-se na certeza de golo e os encarnados tranquilizaram-se.
Depois, o Benfica mostrou-se equilibrado, sem passar por sobressaltos que teve noutras ocasiões. Quique Flores mudou o parceiro de Nuno Gomes no ataque, com a troca de Cardozo por Suazo. O hondurenho até teve a melhor ocasião do segundo tempo, ao atirar ao poste, e depois um cabeceamento ao lado, nos 90 minutos.
O Benfica não é o líder, como gritava a claque encarnada, mas usou a força a meio-campo para mostrar uma faceta mais equilibrada, mesmo que por vezes tenha deixado a Académica ter a bola.
Quique pôde dar descanso a peças importantes, lançou Balboa no final já depois de Ruben Amorim ter recebido aplausos na troca por Jorge Ribeiro. Liderada pelo capitão Nuno Gomes, a revolução encarnada acabou por ser tranquila, tal como é a espera por um deslize do Leixões.
ÁRBITRO ESTRANHAMENTE "PEDAGÓGICO"
O árbitro Pedro Proença teve antes do início do jogo uma atitude estranhamente pedagógica, ao dirigir-se a Bynia supostamente para o aconselhar a não fazer as faltas que habitualmente comete e que já o levaram a ser expulso algumas vezes. Este gesto do juíz da partida não deixa de ser bizarro, tendo até provocado o riso do jogador africano. Na verdade, não se compreende como é que um juíz de jogo pode aconselhar um jogador de uma determinada equipa sem aconselhar todos os outros (de ambas as equipas). Esta atitude inadmissível teve eco já durante o jogo, quando Pedro Proença marcou uma grande penalidade inexistente que deu o segundo golo do Benfica e perdoou a expulsão a David Luíz por falta violenta sobre um opositor da Académica.

domingo, 23 de novembro de 2008

Mourinho vence Ranieri

Liga Italiana: INTER 1-0 JUVENTUS
O Inter de Milão derrotou a Juventus por 1-0 em jogo da jornada 13 da Liga Italiana. A equipa de José Mourinho assegura assim a manutenção do 1º lugar do campeonato graças a um golo de Muntari (73´). Ricardo Quaresma e Luís Figo não saíram do banco. Na "Velha Senhora Tiago foi titular, mas lesionou-se aos 2 minutos de jogo.
Tiago torceu um joelho logo nos instantes iniciais da partida e teve que ser substituído. O azar bate à porta do internacional português numa altura em que vivia um bom momento, nomeadamente com o regresso à Selecção portuguesa.O único golo do jogo surgiu aos 73 minutos com Muntari a aproveitar um remate de Ibrahimovic depois de uma jogada de insistência de Adriano, a grande novidade do onze de Mourinho.No outro jogo da Liga Italiana disputado neste sábado a Fiorentina derrotou em casa a Udinese por 4-2 com golos de Mutu (52´ penálti), Montolivo (63´ e 77´) e Gilardino (79´). Pelos derrotados marcaram Floro Flores (29´) e Di Natale (83´ penálti).

KUSTURICA: O NOVO 10 DO FC PORTO

Emir Kusturica e a "Non Smoking Orchestra" actuaram em Gaia
Bom toque de bola (já jogou com Maradona), pé direito e grande visão de jogo. O bósnio Emir Kusturica, de 53 anos, é o novo número dez do F.C. Porto.
Pelo menos vestiu a camisola com esse número durante o concerto que deu esta sexta-feira à noite em Vila Nova de Gaia, perante cinco mil entusiastas da sua banda.
Foi a primeira vez que a «No Smoking Orchestra» visitou aquela cidade, depois de já ter estado no Coliseu do Porto no início do ano, mas a empatia com o público foi imediata. Os sons ciganos tornaram o Pavilhão Municipal uma verdadeira tenda de festa durante cerca de duas horas.
Muitos dos entusiastas confessaram ter ido ao concerto por conhecerem a obra do realizador Kusturica, mas deixaram-se levar pela música que mistura o punk-rock com os ritmos tradicionais dos Balcãs. Emir mantém-se tranquilo na sua guitarra, primeiro com uma camisa negra e depois com o equipamento oficial do F.C. Porto, que levava vestido por dentro. Nas costas surgiu o nome Kusturica e o número 10. A casa rendia-se e o vocalista Nenad Jankovic (mais conhecido pelo seu nome artístico de Dr. Nelle Karajlic) explodia de energia.
O concerto surge incluído na digressão «Time of the Gipsies», uma espécie de «ópera punk», que passa por vários temas de filmes de Kusturica, como «Gato Preto, Gato Branco». «Pitbull Terrier» levou o público ao delírio e até trouxe espectadores ao palco. No final, mais de 20 pessoas externas à orquestra dançavam (ou pulavam desconcertadamente) ao som frenético da «Orchestra».
De raízes profundamente sérvias, os elementos da banda não se esqueceram dos motivos políticos, começando por criticar a MTV (com um tema denominado «Fuck you MTV) e passando rapidamente aos pedidos de revolução e de reintegração do Kosovo na Sérvia. O concerto terminou com o hino da antiga URSS.

Fonte: Maisfutebol

SPORTING VOLTA ÀS VITÓRIAS

NAVAL 0-1 SPORTING
Um Sporting cínico, que aproveitou um contra-ataque, na primeira jogada de perigo até então, para fazer um único golo, passou incólume este sábado na Figueira da Foz, terminado o encontro com nove jogadores que conseguiram segurar com arreganho a preciosa vantagem. O triunfo, suadíssimo, permite aos leões subir provisoriamente ao terceiro lugar, ultrapassando o F.C. Porto, e ficando a apenas dois pontos do Benfica, que joga este domingo em Coimbra.
Derlei e a expulsão: «Isto é uma palhaçada!»
Os verde e brancos mantiveram o registo desta época em matéria de jogos fora, com vitórias sempre tangenciais e poucos golos. Mas o que conta é o resultado e o Estádio José Bento Pessoa voltou a ser talismã para os de Alvalade, num jogo em que só lhes faltou cair o céu em cima.
Paulo Bento surpreendeu ao apostar em Postiga como número 10, deixando Romagnoli no banco mas ganhou pontos com a mudança, já que o internacional português exibiu-se em bom plano e mostrou ser uma alternativa válida para o lugar. De resto, nada de novo em função das limitações conhecidas: Daniel Carriço actuou ao lado de Polga e Caneira fechou o flanco esquerdo, como principais novidades.
Desde cedo se percebeu que o Sporting não iria ter uma noite particularmente inspirada, exibindo algumas dificuldades no ataque, que caía facilmente nos foras-de-jogo e, pese a quantidade de cantos, revelava pouca inteligência nas bolas paradas. A Naval não fazia melhor mas mostrava disciplina táctica e acerto nas marcações. Disposição que acabaria traída numa perda de bola, quando os figueirenses beneficiavam de um canto. Erro de palmatória aproveitado com mestria pelos leões para desenhar, em poucos toques, uma jogada de contra-ataque perfeita, culminada com a assistência de Derlei para o golo de Liedson.
Na frente do marcador, a equipa de Alvalade teve o seu melhor período no jogo e só não ampliou o resultado porque Peiser fez duas grandes defesas, num livre de Miguel Veloso e em mais um remate de Liedson. Talvez tenha sido a reacção à grande penalidade defendida por Rui Patrício, um dos momentos decisivos da partida.
Problemas e mais problemas
A expulsão de Derlei, devido a uma falta dura sobre Hauw, obrigou a uma repentina mudança de planos. Paulo Bento resolveu o problema com a entrada de Bruno Pereirinha para o lugar de Hélder Postiga, passando a equipa a jogar em 4x4x1. Mas os problemas não se ficariam por aqui, já que também Caneira acabaria por ir ao banho mais cedo, neste caso por acumulação de amarelos, numa decisão de Soares Dias que pareceu forçada.
A Naval, como lhe competia, carregou com tudo, metendo homens na frente, enquanto Paulo Bento via mais um problema surgir: Abel lesionou-se e foi rendido por Adrien Silva (uma estreia), para tentar reequilibrar - novamente - as coisas. O chuveirinho da equipa da casa gerou até um lance passível de castigo máximo, quando Polga terá impedido Marcelinho de chegar à bola, mas o árbitro nada assinalou.
O Sporting a tudo resistiu, perante uma Naval que arriscou até ao limite, mas foi incapaz de tirar partido da vantagem numérica. Já sobre o final, Liedson até poderia ter chegado ao 0-2, não fosse outra grande defesa de Peiser.
Fonte: Maisfutebol