URUGUAI 0-0 FRANÇA
Uruguai e França empataram sem golos na primeira jornada do Grupo A do Mundial da África do Sul, nesta sexta-feira, tal como sucedeu no último encontro das equipas, então na fase de grupos do Campeonato do Mundo da Coreia/Japão, em 2002.
Um ponto para cada lado foi, ainda assim, o (bom) resultado de um jogo fraco, lento e com poucas oportunidades. Govou, aos sete minutos da primeira parte, e Forlan, aos 73, desperdiçaram os melhores lances para golo.
A presença de Malouda (Chelsea) no banco foi a grande novidade na França, sobretudo depois da excelente temporada em Inglaterra; já o onze do Uruguai não constituiu qualquer surpresa, já que Oscar Tabarez anunciou na véspera os titulares, com os portugueses Alvaro e Maxi Pereira de início e Fucile entre os suplentes.
Começou melhor a França, a pressionar, com Ribery a surgir muito rápido nos cruzamentos pela esquerda. Assim nasceu a primeira e grande oportunidade para os bleus, logo aos sete minutos, mas Govou falhou escandalosamente na frente de Muslera.
ÁFRICA DO SUL 1-1 MÉXICO
Em dia de festa, a África do Sul esteve quase a deixar o povo em delírio, mas no final fica o sabor amargo. Para a equipa da casa, que esteve em vantagem e até atirou ao poste perto do fim, mas também para os visitantes, que começaram muito bem mas depois mostraram pouco.
Carlos Alberto Parreira não sairá do jogo completamente satisfeito, mas dado o potencial teórico da sua selecção, terá algumas razões para sorrir. Mais preocupado deve estar Javier Aguirre, pois o México podia ter feito muito mais.
A festa começou com o convidado a deixar boa imagem
Mesmo assumindo o estatuto de selecção anfitriã, a África do Sul começou a revelar fragilidades logo após o apito inicial. Demasiada rigidez táctica e uma falta de qualidade técnica que só não contagia o médio Steven Pienaar. O México, mesmo acusando a falta de algo que se pareça com um «10», ocupou desde cedo o meio-campo contrário.
A primeira parte apareceu logo aos dois minutos, com o guarda-redes Khune a ser incapaz de travar um cruzamento tenso de Aguilar. Valeu Mokoena, a oferecer o corpo à bola, evitando que a recarga de Giovani dos Santos fosse para a baliza.
Aos 32 minutos surgiu mais uma bela ocasião para a equipa de Javier Aguirre, com Guille Franco a surgir solto na área, mas a permitir que Khune interceptasse o remate subtil. Sete minutos depois a selecção mexicana marcou mesmo, mas o lance foi bem anulado, já que Carlos Vela estava em posição irregular.
A África da Sul atacava de forma tímida, e muito descoordenada. Só a um minuto do descanso surgiu um lance de registo, mas que até nem resultou em remate, já que Mphela chegou atrasado ao cruzamento da esquerda.
Agarrar o ouro, para depois o ter de dividir
O descanso fez mal ao México, que apareceu ainda mais lento na transição ofensiva que no primeiro tempo. O adormecimento saiu caro. A África do Sul, no primeiro remate de jeito que fez à baliza, inaugurou o marcador. Os «Bafana Bafana» até podiam ter alcançado uma vantagem mais confortável, se Modise não tivesse desperdiçado duas boas ocasiões.
O México tardava a reagir, e Javier Aguirre decidiu lançar os trunfos. Entraram Guardado, «Chicharito» Hernandez e Blanco. As mudanças resultaram, já que o empate surgiu a onze minutos do fim. A defesa sul-africana reagiu passivamente a um cruzamento de Guardado e Rafa Marquez marcou já na pequena área.
Já em cima do minuto 90 a equipa da casa teve uma soberana ocasião para garantir o triunfo, mas Mphela atirou ao poste. Mesmo com o empate final, confirma-se a tradição: um anfitrião de Mundial nunca perde quando participa no jogo inaugural.
Fonte: Maisfutebol