Editorial:
Em primeiro lugar, há que fazer aqui uma crítica veemente aos comentadores de serviço da TVI aos jogos do Benfica que, mais uma vez, foram de uma parcialidade gritante na análise das várias situações de jogo, demonstrando um proteccionismo ridículo à equipa lisboeta. Exemplo gritante e mais escandaloso: a análise ao lance do final do jogo útil em que um defensor leixonense corta a bola na sua grande área com o peito, insistindo um dos comentadores que o dito jogador cortou a bola com a mão, quando a repetição da jogada não deixa qualquer dúvida de que não houve infracção. A TVI deve repensar a sua estratégia na transmissão dos jogos nacionais sob pena de vir em breve a constituir uma séria concorrente da BenficaTV.
Quanto à partida propriamente dita, foi típica de Taça, bem disputada, com momentos muito intensos e com um equilíbrio bem traduzido pelo resultado ao fim dos 120 minutos. O temporal apertava e os jogadores lutavam em campo como guerreiros contra as adversidades. Destaque-se este facto e enalteça-se o futebol português nestes momentos. De facto, um grande jogo de Taça.
Rodriguez
LEIXÕES 0-0 BENFICA (5-4 APÓS G.P.)
Quase três horas de futebol resolvidas num remate defendido por Beto. No desempate por grandes penalidades, o guarda-redes do Leixões interceptou com categoria o pontapé de Reyes e atirou o Benfica para fora da Taça de Portugal. O momento em Matosinhos é de júbilo; na Luz, por outra, de reflexão. Os encarnados saem da Taça de Portugal e na Taça UEFA só um milagre lhe valerá. Resta-lhe a Liga e a Taça da Liga.
O dilúvio anunciava uma carga de trabalhos. Para as duas equipas. Muita chuva, relva pesada, poucos espaços disponíveis para jogar futebol. Luta a rodos, competitividade salutar e dois 4x4x2 alicerçados de forma distinta.
No Leixões, a estrutura habitual. Braga e Diogo Valente como homens de ataque, mas sempre em busca de zonas laterais e cruzamentos para a entrada de Wesley. Por parte do Benfica, uma dificuldade enorme precisamente na lateralização do jogo.
Do lado direito, Maxi Pereira estava essencialmente ocupado e preocupado com Diogo Valente, endiabrado esta noite. À sua frente, Ruben Amorim nunca terá características para jogar na linha e procurava sempre zonas mais interiores. No flanco oposto, o lateral adaptado David Luiz e Reyes, Este último sim, o único que tentava chegar à linha de fundo e efectuar cruzamentos.
Suazo e Aimar anulados
A movimentação dos peões parecia competente de parte a parte, mormente nos momentos defensivos. Daí que ao longo de todo o primeiro tempo, a única real oportunidade de golo tenha surgido para o Benfica e no seguimento de um lance de bola parada. Beto, em grande forma, respondia assertivamente ao remate de Sidnei.
Não se julgue, todavia, que o Leixões estava pior. Bem pelo contrário. A equipa de José Mota controlava as operações e anulava com facilidade as armas de ataque do Benfica. Perante uma defesa média/baixa, Suazo tinha pouco terreno para galgar nas costas de Elvis e Joel; Aimar, por seu turno, era engolido pela competência de Bruno China e Roberto Souza.
O zero a zero ao intervalo aceitava-se.
Quique não acerta nas substituições
Ainda que intermitente, o Benfica melhorava no período inicial da segunda parte. Katsouranis e Binya começavam a controlar a zona central do relvado e por instantes o Leixões parecia cair abruptamente. Mas Quique Flores teve azar nas substituições.
A equipa reagia mal às entradas de Balboa e Nuno Gomes, descia vertiginosamente de produção e o Leixões aproveitava. De um momento para o outro, Wesley decidia aparecer na partida e a qualidade de jogo dos homens de Matosinhos saía beneficiada, naturalmente.
De qualquer forma, os dois guarda-redes raramente eram incomodados. Moretto, um regresso anunciado com pompa e circunstância após longa ausência, ainda largava um remate de Hugo Morais para a frente, mas a jogada acabava mesmo por se perder nas luvas do brasileiro.
Perante tanto equilíbrio, só podia mesmo haver prolongamento. Mesmo depois de Nuno Gomes e Suazo terem aparentemente a baliza do Leixões à mercê já minutos depois dos 90.
Tudo decidido nas luvas de Beto
No prolongamento, nada de novo. Boas intenções, muito músculo, os pratos da balança sempre equilibrados e como consequência a decisão final arremessada para as grandes penalidades.
E aqui, já com a chuva impiedosa a lançar-se sobre os decisores, a fava saía a Reyes. Nos nove primeiros pontapés de castigo máximo todos marcavam. Ao décimo, o remate do espanhol encontrava as luvas da competência de Beto.
O Leixões está nos oitavos-de-final da Taça de Portugal. O Benfica sai de cena na prova.
Fonte: Maisfutebol
O dilúvio anunciava uma carga de trabalhos. Para as duas equipas. Muita chuva, relva pesada, poucos espaços disponíveis para jogar futebol. Luta a rodos, competitividade salutar e dois 4x4x2 alicerçados de forma distinta.
No Leixões, a estrutura habitual. Braga e Diogo Valente como homens de ataque, mas sempre em busca de zonas laterais e cruzamentos para a entrada de Wesley. Por parte do Benfica, uma dificuldade enorme precisamente na lateralização do jogo.
Do lado direito, Maxi Pereira estava essencialmente ocupado e preocupado com Diogo Valente, endiabrado esta noite. À sua frente, Ruben Amorim nunca terá características para jogar na linha e procurava sempre zonas mais interiores. No flanco oposto, o lateral adaptado David Luiz e Reyes, Este último sim, o único que tentava chegar à linha de fundo e efectuar cruzamentos.
Suazo e Aimar anulados
A movimentação dos peões parecia competente de parte a parte, mormente nos momentos defensivos. Daí que ao longo de todo o primeiro tempo, a única real oportunidade de golo tenha surgido para o Benfica e no seguimento de um lance de bola parada. Beto, em grande forma, respondia assertivamente ao remate de Sidnei.
Não se julgue, todavia, que o Leixões estava pior. Bem pelo contrário. A equipa de José Mota controlava as operações e anulava com facilidade as armas de ataque do Benfica. Perante uma defesa média/baixa, Suazo tinha pouco terreno para galgar nas costas de Elvis e Joel; Aimar, por seu turno, era engolido pela competência de Bruno China e Roberto Souza.
O zero a zero ao intervalo aceitava-se.
Quique não acerta nas substituições
Ainda que intermitente, o Benfica melhorava no período inicial da segunda parte. Katsouranis e Binya começavam a controlar a zona central do relvado e por instantes o Leixões parecia cair abruptamente. Mas Quique Flores teve azar nas substituições.
A equipa reagia mal às entradas de Balboa e Nuno Gomes, descia vertiginosamente de produção e o Leixões aproveitava. De um momento para o outro, Wesley decidia aparecer na partida e a qualidade de jogo dos homens de Matosinhos saía beneficiada, naturalmente.
De qualquer forma, os dois guarda-redes raramente eram incomodados. Moretto, um regresso anunciado com pompa e circunstância após longa ausência, ainda largava um remate de Hugo Morais para a frente, mas a jogada acabava mesmo por se perder nas luvas do brasileiro.
Perante tanto equilíbrio, só podia mesmo haver prolongamento. Mesmo depois de Nuno Gomes e Suazo terem aparentemente a baliza do Leixões à mercê já minutos depois dos 90.
Tudo decidido nas luvas de Beto
No prolongamento, nada de novo. Boas intenções, muito músculo, os pratos da balança sempre equilibrados e como consequência a decisão final arremessada para as grandes penalidades.
E aqui, já com a chuva impiedosa a lançar-se sobre os decisores, a fava saía a Reyes. Nos nove primeiros pontapés de castigo máximo todos marcavam. Ao décimo, o remate do espanhol encontrava as luvas da competência de Beto.
O Leixões está nos oitavos-de-final da Taça de Portugal. O Benfica sai de cena na prova.
Fonte: Maisfutebol