quinta-feira, 4 de novembro de 2010

PENSAR NO CLÁSSICO DÁ EMPATE

FC Porto 1-1 Besiktas
Os Dragões empataram, esta quinta-feira, com o Besiktas a um golo, mas a formação portuguesa garante desde já a qualificação, com dez pontos, para a próxima fase da Liga Europa. Falta saber se em primeiro ou segundo lugar do Grupo L.

Tudo corria bem ao FC Porto, que dominou o primeiro tempo no Estádio do Dragão, até Cristián Rodríguez ter sido expulso ao minuto 61. Depois a equipa de Villas-Boas viu-se a jogar com mais espaço no relvado e a formação turca aproveitou da melhor forma para empatar o encontro. Falcao marcou no primeiro tempo e Nihat impediu a vitória dos azuis e brancos.

O FC Porto foi a primeira equipa a criar perigo, quando, ao minuto 17, Hulk isolou na perfeição o seu companheiro Falcao mas o colombiano foi interceptado por Toraman na pequena área da formação turca.

Depois deste lance, o FC Porto pressionou mais e daí resultou o primeiro golo do encontro da quarta jornada do Grupo L.

Ao minuto 34, o árbitro italiano Paolo Tagliavento entendeu que o guardião Harikan derrubou Falcao dentro da grande área e assinalou penálti a favor dos azuis e brancos. Na conversão, o colombiano não falhou.

Na segunda parte, ao minuto 57, deu-se a melhor jogada de todo o encontro. Numa combinação entre Falcao e Hulk, o colombiano ficou isolado perante Arikan mas o guardião dos turcos seguir desviar a bola para canto.

Um minuto depois a equipa portuguesa viu-se reduzida a dez elementos com o segundo amarelo mostrado a Rodríguez por protestos dirigidos ao árbitro italiano.

O FC Porto ressentiu-se com a expulsão do extremo uruguaio, com a equipa a ficar momentaneamente desconcertada. Daí, ou não, resultou o golo turco da autoria de Nihat ao minuto 61. O extremo marcou um grande golo do meio da rua, bem colocado, para um canto superior da baliza, sem hipótese para Helton.

Com o empate no Dragão, os turcos começaram a dominar o Dragão e beneficiaram das melhores oportunidades de golo no segundo tempo. Nem a entrada em campo do mestre João Moutinho animou a formação orientada por André Villas-Boas.

Ao minuto 75, Rúben Micael isolado, picou a bola sobre Arikan e quando a bola se preparava para entrar dentro da baliza, apareceu Gulum a cortar. O FC Porto comemorou o segundo golo mas o árbitro de baliza anulou o lance.

Mesmo com o empate, o primeiro do FC Porto na Liga Europa, os Dragões (com dez pontos) garantem já a qualificação para os 16 avos-de-final mas não o primeiro lugar do Grupo L.

No outro encontro do grupo, o CSKA Sófia foi a Viena vencer o Rapid Viena por 2-1.

Fonte: Sapo Desporto

FC PORTO VENCE BENFICA NO HISTORIAL DOS CLÁSSICOS

Duzentos e 16 jogos. Uma vitória de vantagem para os da casa, conquistada em Coimbra na última Supertaça, mais golos marcados para os encarnados, empate total no número de vitórias conseguidas no terreno do rival, em jogos de campeonato. Este é o ponto de partida para o escaldante jogo de domingo, no Dragão, entre F.C. Porto e Benfica, que terá uma grande fatia da responsabilidade pelas decisões desta época.

Vamos por partes. O total de clássicos, somados Antas/Dragão, Luz e terreno neutro, é 216. O F.C. Porto venceu 82, o Benfica 81 e registaram-se 53 empates. Os encarnados têm, no entanto, mais 37 marcados do que o rival do Porto: 351 contra 314.

Na Liga, que é a competição que se joga no domingo, a vantagem dos azuis-e-brancos é mais clara: 58 triunfos contra 53, e 41 empates. Os lisboetas voltam a ter mais uma vez vantagem no número de golos apontados: 247 (157 em casa e 90 fora) contra 226 (152 em casa e 74 fora). Destes totais, destaque para o que é conseguido no reduto do rival. O Benfica ganhou 12 vezes na Invicta, o F.C. Porto outras tantas vezes na Luz. Emparte total. Os dragões ganharam 46 jogos dentro de portas, enquanto as águias somaram 41. Houve 18 empates em casa dos portistas e 23 na dos encarnados.

No que diz respeito às outras competições, realce para uma grande superioridade do Benfica na Taça de Portugal (19 vitórias, sete derrotas e cinco empates), ao contrário do que acontece na Supertaça, onde o F.C. Porto tem mostrado muita força (13 vitórias, cinco derrotas e sete empates). Verificou-se apenas um jogo para a Taça da Liga, curiosamente a final da época passada, vencida pelos encarnados, e o longínquo Campeonato de Portugal fechou com um triunfo de vantagem para os dragões: (quatro vitórias e uma derrota).

Além do que está em jogo para esta época, o clássico de domingo poderá servir para os portistas aumentarem a muito ligeira vantagem que têm neste momento, ou, pelo contrário, confirmar a tendência de empate entre os dois grandes rivais.

Fonte: Maisfutebol

DESCONTROLO DE ABEL

Gent 3-1 Sporting
O Sporting perdeu o seu jogo frente ao Gent por 3-1,numa partida onde Abel fica indelevelmente ligado ao resultado após de ter cometido a grande penalidade que permitiu o tento inaugural da equipa belga logo aos 7 minutos, e ter recebido já na segunda parte ordem de expulsão por acumulação de amarelos. Com este resultado o Sporting mantém a liderança do grupo, ainda com 5 pontos de vantagem sobre os 3ºs classificados.

O Sporting não entrou bem na partida, tendo sofrido o primeiro golo do jogo bem cedo, na sequência de um pontapé da marca de grande penalidade depois de uma falta de Abel. Tim Smolders , capitão da equipa belga, rematou para a direita de Timo Hildebrand e inaugurou o marcador.

Nos minutos seguintes os «leões» não conseguiram reagir de forma positiva ao golo sofrido, e só após a primeira meia hora a equipa portuguesa assumiu definitivamente o controlo da partida. O empate acabou por surgir ao minuto 39, por intermédio de Carlos Saleiro, com o avançado português a cabecear com eficácia após cruzamento na direita de Cedric Soares.

A equipa lusa chegou a esta vantagem com toda a naturalidade, e ficou a dever a si mais golos neste período de maior domínio verde e branco. Paulo Sérgio optou por dois alas bastante jovens (Salomão e Cedric Soares), com Cedric a fazer mesmo a sua estreia com a camisola verde e branca e a ser bastante solicitado pelo flanco direito.

No segundo tempo o Gent surgiu inicialmente mais perigoso, criando um par de ocasiões por Zlatan Ljubijankic, mas em ambas Timo Hildebrand, titular esta noite, não foi obrigado a intervir.

A toada do encontro foi-se mantendo durante todos os 45 minutos complementares, e após a entrada de Conte a cerca de 20 minutos do final houve um reforço da dinâmica ofensiva da equipa belga que dificultou ainda mais a tarefa da equipa leonina.

Aos 76 minutos Abel recebe ordem de expulsão após ver o 2º amarelo, e Paulo Sérgio vê-se obrigado a proceder a alterações para colmatar a ausência do lateral direito. João Pereira é chamado ao jogo, mas quando estava literalmente a chegar ao seu lugar, Conte recebe uma bola, flecte para dentro e remata para o fundo das malhas.

Três minutos volvidos novo golo do Gent, desta feita por intermédio do israelita Arbeitman, também uma aposta do técnico Dury nesta segunda parte.

Esta derrota não põe ainda em risco a passagem dos leões para a fase seguinte, que têm agora uma vantagem de 5 pontos sobre os 3º classificados, Lille e Gent, que seguem com 4 pontos, contra os 9 dos comandados de Paulo Sérgio.

O Sporting receberá agora o V. Guimarães para Liga Portuguesa no Estádio José Alvalade, enquanto o Gent jogará fora, frente ao Cercle Brugge, para o campeonato belga.

Fonte: ZeroZero

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SONHO BEM VIVO

Partizan Belgrado 0-1 Sp. Braga
Numa só cabeça coube a certeza e a esperança. O Sp. Braga fez o que mais nenhum clube português conseguiu até ao momento: venceu em Belgrado. Um golo de Moisés, num cabeceamento perfeito, deu aos minhotos a certeza do apuramento para a Liga Europa e a esperança, ainda que fugaz, pela vitória do Shakhtar sobre o Arsenal, de seguir em frente na Liga milionária.

Será preciso bater os pés aos «grandes» para continuar a sonhar, mas o «super Braga» que abriu a boca de espanto dos adeptos portugueses na última época, que abateu o Celtic de Glasgow e conquistou Sevilha ainda parece ter cartas guardadas na manga. Para já, conseguiu apagar a entrada em falso e acrescentar mais alguns euros à conta bancária. O que vier a mais só pode ser visto como bónus.

Ao intervalo, a vantagem bracarense era justíssima. Os homens de Domingos Paciência entraram com grande maturidade em campo, impondo o seu jogo e controlando em todos os sectores. Durante a primeira meia hora, apenas faltou uma maior capacidade de explosão no último terço para que o Sp. Braga conseguisse traduzir em golos a superioridade mostrada.

O Partizan estava apático, enrolado numa teia portuguesa bem montada e não encontrava o caminho de saída. Pior ficou quando Moisés, em grande estilo, deu justiça ao resultado. Luís Aguiar, o mais activo dos homens do miolo, cobrou um livre para a entrada da área e o cabeceamento do central foi perfeito. Um grande golo em Belgrado.

Partizan só assusta, mas Sp. Braga não mata

Com vantagem no marcador, o Sp. Braga poderia jogar como gosta: contenção e contra-ataque. Na teoria seria essa a aposta de Domingos, traduzida inclusivamente pelas mexidas que efectuou. O miolo foi reforçado com Salino e Andrés Madrid, que poderiam recuperar várias bolas e tentar lançar a velocidade de Matheus e Paulo César.

Foi assim que, por exemplo, Matheus apareceu bem na área, mas os reflexos de Stojkovic chegaram para as encomendas. O problema é que o que, no papel, parecia perfeito, no terreno não correu tão bem. O Partizan passou a acertar nas marcações o que, aliado a alguns exageros individuais dos minhotos, impediu o sucesso pleno da estratégia. Pormenores, uma vez que o que interessava estava feito: manter a vantagem.

Apesar do domínio territorial, o Partizan não criava perigo. Conseguiu-o, apenas, por Moreira, a dez minutos do final, quando apareceu ao segundo poste, nas costas de Sílvio, a desviar para a baliza, após cruzamento na esquerda. Valeu Felipe.

Houve alguns sustos, é certo, mas não o massacre final que se poderia esperar. O Sp. Braga falhou nas transições rápidas, mas manteve a mestria a defender. Deu sempre a sensação de ter o jogo controlado, venceu bem e alcançou o objectivo mínimo. Em ano de estreia na Liga dos Campeões, não se pode pedir mais. Mas se for possível...

Fonte: Maisfutebol

terça-feira, 2 de novembro de 2010

RENHIDO?

Benfica 4-3 Lyon
O Benfica venceu esta noite o Olympique de Lyon por 4-3, em jogo da quarta jornada da Liga dos Campeões. Duas partes distintas e nota máxima para a dupla Martins/Coentrão.

Quem esteve no estádio da Luz pode ver dois tipos de Benfica: uma primeira parte pálida, mas eficaz (3-0) e uma segunda, ante um Lyon sem soluções até aos 15 minutos finais, a fazer lembrar o Benfica ambicioso da última época, que aliava eficácia e brilho. Kardec, Coentrão e Javi fizeram os tentos encarnados, Gourcuff e Gomis reduziram.

Carlos Martins é o homem do jogo, mesmo não tendo facturado: assistiu Kardec e Coentrão para os quatro golos da noite. Aos 20 minutos, deu o golo ao brasileiro, aos 31’ assistiu o camisola 20, aos 31’ foi Javi Garcia a dar o melhor seguimento ao seu cruzamento e no quarto voltou a servir Coentrão, para o golo da partida, um chapéu a meio do meio campo francês.

A primeira parte dos encarnados premiou mais “a sorte que o juízo”, já que o Lyon por duas vezes meteu a bola na baliza de Roberto (3’ e 10’, por Briand), mas em foras de jogo. Isso não retira o mérito à equipa gaulesa, líder do Grupo B, rapidíssimos no contra-ataque e a aproveitar a desconcentração da defesa encarnada.

Sem perder o sentido da baliza, o Benfica acabou por chegar ao golo, num livre directo marcado por Martins e Kardec, no coração da área, a cabecear. Coentrão, aos 31’, numa bela jogada de contra-ataque conduzida por Salvio, novamente Martins, a esperar por Coentrão e oferecer o golo ao colega. Não satisfeitos, os encarnados ampliaram por Javi Garcia, aos 43’, deu o melhor seguimento ao canto de Martins.

À entrada para o segundo tempo, com o Lyon sem conseguir inverter o rumo do jogo, foi o Benfica a brilhar, com uma exibição mais convincente e segura, a dar um “cheirinho” da equipa que no ano passado foi campeã nacional.

E essa exibição foi coroada com um golo de se tirar, literalmente, o chapéu. Carlos Martins viu que o contra-ataque era possível, fez o passe a rasgar para Coentrão que a meio do meio-campo fez um chapéu a Lloris.

O Lyon acabaria marcar três golos golos, por intermédio de Gourcuff, aos 74’, e de Gomis, aos 84’, após canto e a reduzir para 4-2, e Lovren, ao cair do pano, num erro da defensiva, a fazer o 4-3.

Mesmo não tendo conseguido manter a vantagem de quatro golos, o Benfica conquista os três pontos e está a um do Schalke04, que esta noite empatou em Telavive, com o Hapoel.
Fonte: Sapo Desporto

domingo, 31 de outubro de 2010

2 VEZES VALDÉS

União de Leiria 1-2 Sporting
União de Leiria e Sporting defrontaram-se este domingo num jogo animado que terminou com vitória verde e branca por 2-1. Os leões colocaram-se em vantagem aos 14 minutos por Jaime Valdés mas Carlão empatou aos 22´ após excelente jogada colectiva. Ainda na primeira parte, o chileno, hoje a jogar no meio, assinou um golo fantástico e acabou por garantir os três pontos.

União de Leiria e Sporting entraram em campo com um total de oito novidades nas fileiras. Torsiglieri, Vukcevic e Jaime Valdés foram apostas iniciais de Paulo Sérgio no Sporting, enquanto Pedro Caixinha fez regressar quatro habituais titulares ao onze, após ausência no Dragão, e reforçou o meio-campo com a inclusão de Diogo Amado.

Notou-se que tanto leirienses como leões queriam marcar cedo e ninguém poupou esforços nesse sentido. Hélder Postiga, agora parece que é «sempre ele», foi o primeiro a dar sinal de perigo com um remate perigoso logo aos 12 minutos.

Esse lance não deu em nada, mas o seguinte com «cabeça, tronco e membros» fez os sportinguistas festejarem pela primeira vez na noite. O mesmo Postiga arrancou um excelente cruzamento do lado esquerdo do ataque leonino e encontrou Jaime Valdés já dentro da área. O chileno dominou no peito e atirou sem hipóteses para Gottardi.

A resposta não se fez esperar e o central Zé António subiu até à área de Rui Patrício para assustar: o remate é forte, mas por alto. Contudo, tal como havia acontecido do outro lado, a jogada seguinte foi mais satisfatória para os leirienses. O lateral Panande subiu a todo o gás pela direita e serviu Carlão que ainda sentou um adversário antes de desfeitear o guarda-redes do Sporting.

Se a União de Leiria havia perdido 5-1 com o FC Porto sem ser capaz de dar uma boa imagem de si, este confronto com os leões estava a corrigir a ideia sobre a formação de Caixinha. Empatada a contenda, os da casa não deixaram de atacar e Silas, aos 27 minutos, rematou com intenção mas para as mãos de Patrício.

Seguiu-se um livre (bem) estudado do Sporting, com Maniche a disparar fortíssimo com oposição de Gottardi e nova jogada inteligente de Valdés, à entrada da área, a terminar no mesmo destino. O contra-golpe deu-se pelos pés do rapidíssimo N´Gal, mas o seu remate foi cortado pela defensiva leonina antes de chegar à baliza.

A investida seguinte saldou-se em novo golo para os visitantes: o relógio marcava 41 minutos quando Valdés decidiu estoirar com as redes sem apelo nem agravo. O chileno quis provar a sua utilidade e, comprovando a inspiração da noite, desferiu um autêntico tiro que as mãos de Gottardi ainda sentiram mas não foram capazes de travar.

O segundo tempo iniciou-se com o Leiria na frente, com N´Gal e Carlão a espalhar o perigo, embora sem consequências de maior. João Pereira respondeu com um remate às malhas laterais e de imediato Postiga reforçou as ideias leoninas com um bom lance individual. Depois foi a vez de Marco Soares tentar o golo. E depois, de novo, Zé António. E depois Postiga defendeu, literalmente, a bola de Vukcevic que daria golo.

A partida estava dividida e muito viva, com qualquer das equipas a poder marcar. João Pereira falhou de baliza aberta à hora de jogo, mas sai desculpado pela força do cruzamento, enquanto Evaldo tirou o «pão da boca» a N´Gal. As tentativas foram inúmeras, mas a pontaria pareceu ter ficado nos balneários.

Nota final para a lesão aparentemente grave de Marco Soares, retirado do relvado de maca e a chorar compulsivamente.

Vit. Guimarães x Portimonense fecham jornada

A 9ª jornada fecha esta segunda-feira com o Vitória de Guimarães x Portimonense. Os vimaranenses podem aproveitar as escorregadelas de Académica e Sporting de Braga para subir ao terceiro lugar da tabela, caso vençam, enquanto os algarvios, actualmente no 13º posto, desejam continuar a somar pontos para um campeonato tranquilo. Do lado minhoto, Douglas, Pereirinha e Jorge Ribeiro estão de regresso às escolhas do técnico Manuel Machado. Na turma de Portimão Litos optou por levar todos ao norte excepto os lesionados Aragoney, Elias e Valencia. A partida tem início marcado para as 20h15.

Fonte: ZeroZero

SERENATA À CHUVA

Académica 0-1 FC Porto
Nem o temporal diluviano que se abateu sobre Coimbra impediu, neste sábado, o F.C. Porto de somar a 15ª vitória em 16 jogos oficiais. Os comandados de André Villas Boas, de regresso ao local onde começou a treinar, já tinham dado provas de enorme carácter e capacidade de lutar contra a adversidade jogando, por exemplo, com um jogador a menos mas ganhar num relvado que mais parecia uma piscina olímpica foi, de facto, inédito esta época.

Foi, por conseguinte, um triunfo sofrido, sobretudo porque, depois de desperdiçar oportunidades para fazer o segundo golo, os dragões tiveram de suportar um assalto final dos estudantes que poderia ter feito estragos, com uma bola à barra num livre de Hugo Morais e, depois, na recarga de Sougou. Um triunfo à míngua, graças a um lance de clarividência de Varela, que não se afogou na enxurrada.

Perante o terceiro classificado da Liga e detentor do segundo melhor ataque da prova, o teste foi superado com distinção, uma semana antes do «clássico» diante dos arqui-rivais da Luz, e com um jogo europeu, frente ao Besiktas, pelo meio. Nesse último encontro, o técnico portista poderá, até, fazer algumas poupanças, algo que não aconteceu, como se esperava, diante da Briosa. Sem surpresas, Sapunaru reassumiu o lado direito da defesa, enquanto Belluschi surgiu no lugar de Rúben Micael no meio-campo. De resto, tudo igual.

O relvado do Estádio Cidade de Coimbra até é novo, estreado na semana passada, mas, por sinal, o sistema de drenagem não terá escoado devidamente a água e isso repercutiu-se no terreno de jogo, que ficou completamente alagado. Os problemas atingiram toda a gente, desde as equipas aos árbitros, tal a dificuldade em ajuizar sobre os inúmeros choques entre jogadores. Fazer uma jogada com princípio, meio e fim foi quase impossível, prevalecendo, essencialmente, a capacidade de luta de estudantes e dragões. Levantar a bola o mais possível foi a solução, num estilo prático e despachado porque o futebol, a dado momento, mais parecia pólo aquático.

Vítimas do relvado

A primeira vítima das condições da relva foi Fernando, que, a meio da primeira parte, teve de sair devido a lesão. Logo de seguida, também Hélder Cabral, depois de um lance com Hulk, teve de ser assistido, mas acabou por voltar ao jogo. A qualidade do jogo só melhorava (muito ligeiramente) quando a chuva abrandava mas não dava para mais. As características da partida favoreciam a Académica, que, evitando desconcentrações, conseguia manter-se a salvo da chama do dragão, e até logrou, através de Diogo Valente e Sougou, embaraçar Helton e companhia.

Via-se que o F.C. Porto queria jogar e alvejar a baliza de Peiser mas as condições do terreno eram um obstáculo quase intransponível. A luz chegou quando, a partir de um lançamento lateral de Álvaro Pereira, num lance pelo ar, Varela puxou pelo seu lado acrobático e mostrou como, de forma inteligente, se pode fintar dilúvio. O intervalo estava a chegar e o golo veio premiar a insistência portista, permitindo uma segunda parte mais tranquila.

A chuva deu tréguas e a bola voltou a fluir, permitindo aos dragões um melhor controlo da partida. João Moutinho ainda desperdiçou uma grande penalidade, atirando ao poste esquerda da baliza de Peiser mas sentia-se que o F.C. Porto detinha as rédeas dos acontecimentos e não iria deixar-se surpreender, apesar do susto final. Na hora de puxar dos galões, ainda pairaram algumas dúvidas, mas a magra vitória não escapou aos comandados de Villas Boas.

Fonte: Maisfutebol