quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

LIGA EUROPA COMO PRÉMIO DE CONSOLAÇÃO

Shakhtar Donetsk 2-0 Sp. Braga

A realidade não vive do encanto do sonho, mas também tem alguma piada. Terminou a epopeia bracarense na Liga dos Campeões, com uma derrota em Donetsk (2-0), num jogo muito equilibrado e decidido nos pormenores. Domingos quis ganhar o jogo, impulsionado pelas notícias que chegavam de Londres, mas acabou por destapar o caminho para a baliza e o Shakhtar aproveitou.

A toada morna imperou durante os primeiros 45 minutos. O Sp. Braga conseguiu uma boa entrada em jogo, pressionando e longe de mostrar algum receio pelo ambiente criado pelos adeptos ucranianos. Cada toque na bola dos portugueses era sublinhado com um coro de assobios. Os homens de Domingos Paciência ligaram o piloto automático, ignoraram o «inferno de Donetsk» e puseram em prática um esquema que manietou o rival. Faltou acerto na hora de sair para a frente.

Sem lances de golo de parte a parte, o jogo arrastou-se num enrolado táctico que parecia não agradar aos minhotos. É que o Arsenal já vencia o Partizan. Ao Sp. Braga pedia-se a mais hercúlea das tarefas: marcar quatro golos em 45 minutos.

Cléo deu esperança por 21 minutos
No segundo tempo o ritmo não mudou, mas as notícias de Londres fizeram aquecer os corações portugueses. O Partizan fazia o que poucos esperavam: empatava o jogo com o Arsenal. Cléo, antigo avançado do Olivais e Moscavide, aumentou os nervos dos minhotos. O sonho estava tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe.

Na teoria, faltava um golo. Na prática, faltava muito mais. O Sp. Braga continuava a segurar bem o caudal ofensivo do rival, mas não tinha argumentos na frente. Domingos percebeu isso e fez a substituição que mudou o jogo. Tirou Alan, meteu Lima, o herói de Sevilha, buscando uma nova noite de glória. Só tinha de ser assim.

O técnico sabia os riscos que corria, pois Alan cobria bem as subidas de Rat, mas com o apuramento tão perto, errado era não arriscar. Acabou por correr mal. O defesa esquerdo do Shakhtar marcou o primeiro, num bom remate de fora da área e assistiu Luiz Adriano para o segundo. Antes disso, já o Arsenal tinha feito o 2-1 em Londres. Esfumava-se o sonho do Sp. Braga. Durou 21 minutos, entre os golos de Cléo e Walcott no Emirates e o de Rat, no Donbass Arena.

O Sp. Braga sai de cabeça erguida da Liga dos Campeões e entra na Liga Europa pelo portão da glória. Com 9 pontos conquistados, os minhotos acabam por ser um dos melhores terceiros classificados da Liga milionária, garantindo o estatuto de cabeça de série na prova. Fez mais pontos que o Milan, por exemplo, que, com 8, seguiu para os oitavos-de-final.

O sonho do Sp. Braga que nasceu em Glasgow, alimentou-se em Sevilha e sobreviveu até à última ronda na fase de grupos parecia ter pilhas eternas. Durou, durou e durou...até que já não havia mais nada a fazer.
Fonte: Maisfutebol

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

LIGA EUROPA POR UMA UNHA NEGRA

SL Benfica 1-2 Shalke 04
O Benfica assegurou a presença na Liga Europa, mas sem ponta de brilhantismo. Derrotada em casa pelo Schalke (1-2), a equipa portuguesa esteve mesmo alguns minutos afastada das provas da UEFA. O apuramento para a segunda prova europeia de clubes acabou por ser garantida bem longe da Luz, em França, com o Lyon a empatar com o Hapoel a dois minutos do fim (2-2).

Com algumas opções falhadas e sem qualquer chama, o Benfica desperdiçou os primeiros 45 minutos, e quando tentou recuperar do susto já o seu destino estava entregue a outras mãos. A Liga Europa foi assegurada, mas o campeão português tem muito a mudar, sobretudo a este nível (UEFA).

45 minutos desperdiçados, com erros de «casting»

A tentar conservar a classificação, nesta última jornada, Benfica e Schalke dispensavam bem a realização deste encontro, mas esta vontade comum foi mais evidente do lado português, sobretudo na etapa inicial. Com o Schalke a fixar a primeira barreira defensiva na zona do meio-campo, as «águias» sentiram muitas dificuldades para chegar ao ataque. A estratégia alemã, que entregava a construção de jogo a Luisão, David Luiz e Javi García, contou também com a ajuda de Jorge Jesus. Ao juntar Carlos Martins, Rúben Amorim e César Peixoto (muito assobiado), o técnico encarnado retirou capacidade criativa à sua zona intermediária.

O Schalke jogava sobretudo no erro do adversário, e assim conseguiu chegar ao golo, ao minuto 20. Rakitic cruzou da esquerda e uma brilhante assistência de Raúl, com o peito, ofereceu o golo a Jurado.

Saviola bem procurou recuar no terreno, chegando a aparecer ao lado de Carlos Martins, para ter mais bola, mas ao Benfica faltava muito mais. Consciente dos erros que tinha cometido originalmente, Jorge Jesus fez uma dupla substituição ao intervalo: Aimar e Gaitán renderam Maxi e Peixoto.

Jesus corrigiu, mas a Liga Europa foi garantida em França

O Schalke começou por assustar, com um remate perigoso de Kluge (55m), mas o Benfica esteve depois perto do empate. Javi García (65m) e Aimar (75m) falharam o alvo por pouco, mas só Cardozo obrigou Neuer a uma defesa apertada (66m).

Pareciam estar reunidas condições para preparar o «assalto final» ao empate, que seria pouco entusiasmante, mas ainda assim suficiente para garantir a Liga Europa. Só que uma falha defensiva, a nove minutos do fim, deitou tudo a perder. A defesa benfiquista subiu em bloco, na sequência de um canto cobrado para a entrada da área, e Höwedes apareceu sozinho na área, a fazer o segundo golo alemão.

Luisão ainda reduziu a desvantagem, a três minutos do fim, com David Luiz a atirar ao poste no período de descontos (de livre directo), mas foi graças ao Lyon que o Benfica segurou a Liga Europa. Poucos ou nenhuns motivos para sorrir, na Luz.
Fonte: Maisfutebol

EXIBIÇÃO DEPRIMENTE

FC Porto 1-0 V. Setúbal

Hulk marcou o único golo do encontro, através de grande penalidade, valendo três pontos para o FC Porto, na 13ª jornada da I Liga contra o Vitória de Setúbal. No entanto, os adeptos presentes no Estádio do Dragão ficaram descontentes com a exibição azul e branca.

O encontro da 13ª jornada só teve uma direcção, com os Dragões a atacarem o tempo todo e os sadinos a defenderem-se com unhas e dentes. O maior rival dos portistas não foi formação sadina mas sim a ineficácia que demonstraram durante os 90 minutos. No entanto, no momento de recuperar as bolas perdidas, o FC Porto foi sublime, com notas muito positivas para Moutinho e Guarín (hoje no lugar de Fernando).

Durante os primeiros quarenta e cinco minutos, o FC Porto atacou bastante, insistindo mais pelo lado esquerdo do relvado do estádio, e com cruzamentos para o coração da área, mas sempre sem sucesso. A formação orientada por Manuel Fernandes arrendou a grande área da casa dos azuis e brancos, tentando sempre os contra-ataques, mas sempre de forma atabalhoada e desconcentrada.

André Villas-Boas não orientou o jogo, pela primeira vez, por estar a cumprir castigo, deixando as funções para o seu adjunto Vítor Pereira.

Ao minuto 40, Fernando Belluschi, na conversão de um livre directo, à entrada da grande área, enviou a bola à trave.

O golo da equipa da casa chegou ao minuto 43, quando o árbitro Elmano Santos assinalou penálti por um contacto de Collin em Falcao. Na conversão, o avançado brasileiro Hulk não falhou e fez o único golo da partida.

Na segunda parte, mais do mesmo. FC Porto atacava (e muito) mas não marcava. Os 18.912 espectadores presentes assobiavam cada vez que a formação azul e branca efectuava um mau cruzamento ou perdiam a bola de forma inacreditável. O Setúbal apresentou-se mais atrevido do que no primeiro tempo, até porque a ineficácia portista assim o pedia.

Dia menos positivo para Falcao, que interrompeu a série de cinco jogos sempre a marcar nas partidas. Esta segunda-feira, o colombiano não contribuiu para o marcador.

A sorte esteve ainda do lado do FC Porto quando o Vitória de Setúbal falhou uma grande penalidade na repetição, bem sucedida, da mesma. Elmano Santos anulou a primeira tentativa pela "paradinha" de Jaílson.

Apesar da vitória magra e sem brilho, o FC Porto consegue manter-se invicto no campeonato e aumentar a distância para oito pontos para o segundo classificado, o Benfica.

Fonte: Sapo Desporto

domingo, 5 de dezembro de 2010

REGRESSO DO VELHO LEÃO

Portimonense 1-3 Sporting

O Sporting venceu, este domingo, o Portimonense por 1-3, em jogo da 13ª jornada da I Liga, e ascendeu ao terceiro lugar da tabela classificativa.

Os golos leoninos, todos marcados na primeira parte, foram apontados por Helder Postiga (22’), Maniche (42’) e André Santos (46’). Pires (38’) ainda conseguiu empatar a partida depois do primeiro golo do Sporting, não sendo o suficiente para dar a volta ao resultado.

O Sporting entrou bem no encontro da 13ª jornada da I Liga e inaugurou o marcador ao minuto 22, por intermédio de Hélder Postiga, com o internacional português, ao segundo poste, aproveitou da melhor maneira uma sucessão de ressaltos na grande área algarvia.

Os algarvios não aproveitaram, em jogo corrido, o facto de o Sporting ter tirado o pé do acelerador depois do primeiro golo, mas o golo do empate chegou através de um livre indirecto, ao minuto 38, com Pires, muito rápido ao primeiro poste, a desviar para o fundo das redes de Rui Patrício.

O Sporting voltou a acordar e Maniche colocou, novamente, o Sporting em vantagem já perto do minuto 45. Numa perda de bola de Jumisse para Evaldo, o lateral leonino aproveitou o “presente” e cruzou para a entrada da área. Maniche, oportuno, rematou para o fundo das redes de Ventura.

Quando todos esperavam pelo apito do intervalo, André Santos resolveu ampliar a alegria verde e branca marcando o terceiro golo para os Leões.

Na segunda parte, o Sporting limitou-se a guardar-se o resultado, arriscando pouco, enquanto a formação de Litos entrou menos perigosa, faltando-lhe atrevimento nos momentos de ataque.

Nota para o lance do minuto 69, num excelente trabalho de Liedson à entrada da área, que rematou forte ao lado da baliza de Ventura. A bola ainda tocou em Di Fábio antes de sair.

Com esta vitória, o Sporting sobre ao terceiro lugar, ultrapassando o Vitória de Guimarães (com o mesmo número de pontos) e junta-se ao FC Porto e Benfica no pódio da I Liga, mas a nove pontos do líder azul e branco.

O Portimonense continua no antepenúltimo lugar com oito pontos.

Fonte: Sapo Desporto