sábado, 25 de setembro de 2010

UM PORTO DE ALTA CASTA

FC Porto 2-0 Olhanense
Uma questão de bom gosto. Este F.C. Porto é um guarda incorruptível do futebol elegante, refinado, seguidor das mais elementares regras de etiqueta. Junta poesia cuidada à ambição dos momentos de ataque, seja num drible, numa triangulação, num pontapé de primeira. Vence com sofisticação e, por isso, convence. O Olhanense que o diga.

É uma imagem trabalhada ao pormenor, à flor da relva. Não há um passe fora do sítio, deslocado, atrapalhado. Os adereços são harmoniosos, da baliza ao ataque. Mesmo Nicolás Otamendi, em estreia absoluta, percebeu bem a nova realidade que o rodeia.

O internacional argentino apresentou-se devidamente adaptado e correspondeu com um golo simples. Simples como devem ser as mais belas situações da vida. Depois ainda houve mais um golo, anotado por Hulk, mas esse já conhece por dentro e por fora os segredos da formosura.

2-0, seis triunfos consecutivos na Liga 2010/11, liderança plena de ostentação.

Ter boas ideias e a coragem de praticá-las

Os sintomas são evidentes, não enganam. Há um corte radical com o estilo do passado recente. Este dragão deixou a fast food e viciou-se na haute cuisine. Não gosta da vulgaridade. Prefere um argumento sustentado e enriquecido à mediocridade de um blockbuster de Verão.

Dá-se a estes luxos porque pode e sabe. João Moutinho sabe, Silvestre Varela sabe, até Fernando já sabe. Todos sabem como manipular a fealdade, a robotização sem sentido, o excesso de planeamento e a organização maquinal.

André Villas-Boas trouxe ideias a esta equipa. Deu-lhe as asas da liberdade, fê-la voar e buscar patamares de excelência. Isso é perceptível no pormenor mais simples. Sim, este Porto é mesquinho, não suporta uma peça fora do sítio, ou um triunfo de sabor agridoce.

É o cúmulo do bom gosto, insistimos. Um agente talhado para missões arriscadas, sempre impecavelmente composto, como o mais famoso dos agentes secretos da Sétima Arte. «Shaken, not stirred, por favor.»

Sem venda não há escuridão que resista

Ao olhar para este Porto, apetece dizer que agora joga sem venda. Trocou o instinto de sobrevivência pela certeza de saber viver. Os horizontes estão alargados, devidamente definidos, longe do escuro e da incerteza.

Mesmo diante de um Olhanense competente, sabedor dos ofícios da competição e que nunca perdera neste campeonato, o Porto mostrou ser uma equipa diletante. Tem prazer em possuir a bola, em trocá-la de trás para a frente, quase sempre numa progressão enfeitiçada por ares de improviso.

Foram dois golos, podiam ter sido mais, tal a panóplia de bolas perigosas que rondaram a baliza de Moretto.

O fim de uma história simples

Houve tempo para ver a melhoria de Fucile, para confirmar a tal estreia segura de Otamendi, a evolução apoplética de Fernando e a cumplicidade entre Belluschi e Moutinho. Houve também um Hulk endiabrado e poupado a horas extras, um Falcao aplicaxdo e a precisar de mais golos, e um Varela em grande forma.

Dos algarvios pode dizer-se que têm matéria-prima mais do que suficiente para uma época tranquila, no embalo do meio da tabela. Perderam bem, sem grande alarido, mas mostraram segurança e qualidade nada despicienda.

Esta é, enfim, uma história simples sobre o triunfo do bom gosto. As mais belas histórias são sempre assim.
Fonte: Maisfutebol

Mourinho em dificuldades na Liga espanhola

LEVANTE 0-0 REAL MADRID
O Real Madrid ficou-se hoje por um “nulo” no terreno do Levante, em jogo da quinta jornada da Liga espanhola de futebol, e perdeu a liderança para o Valência, que foi a Gijon vencer o Sporting por 2-0.

A equipa orientada por José Mourinho pode ainda ser ultrapassado pelo rival e bicampeão FC Barcelona, caso este vença ainda hoje na deslocação a Bilbau, frente ao Athletic, o que lhe permitiria somar 11 pontos, mais um do que o Real Madrid e menos um do que o novo líder.

O ataque da equipa “merengue”, que apresentou no centro da defesa Ricardo Carvalho (Pepe não jogou, por castigo), não foi capaz de encontrar soluções para ultrapassar a organização defensiva do Levante e Cristiano Ronaldo não esteve em noite inspirada para poder fazer a diferença.

Quem aproveitou o deslize do Real Madrid foi o Valência, na deslocação a Gijón, ao assegurar a vitória com dois golos nos primeiros 10 minutos, o primeiro por Topal e o segundo por Soldado.

Os internacionais portugueses Ricardo Costa e Manuel Fernandes, que fez a assistência para o primeiro tento e jogou atrás dos dois pontas de lança (Soldado e Aduriz), jogaram os 90 minutos, enquanto o compatriota Miguel nem sequer esteve no banco de suplentes.
Fonte: Portal futebol

1ª VITÓRIA FORA

Marítimo 0-1 Benfica
O SL Benfica venceu pela primeira vez fora de casa esta época. Golo solitário de Fábio Coentrão garantiu triunfo no Estádio dos Barreiros.

O Benfica conquistou hoje o primeiro triunfo fora na Liga portuguesa de futebol, ao vencer o Marítimo por 1-0, nos Barreiros, em encontro da sexta jornada da prova.

Um golo de Fábio Coentrão (58 minutos), o seu primeiro pelo clube na divisão principal, valeu o triunfo aos “encarnados”, que nas anteriores deslocações perderam por 2-1 nos redutos de Nacional e Vitória de Guimarães.

A formação comandada por Jorge Jesus esteve pouco inspirada na finalização, sobretudo Óscar Cardozo, e pode agradecer ao guarda-redes espanhol Roberto, autor de várias intervenções decisivas.
Com este triunfo, o Benfica, que na ronda anterior havia batido o Sporting por 2-0, subiu provisoriamente ao quinto lugar, com nove pontos, contra 11 de Académica, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães e 15 do FC Porto, que recebe ainda hoje o Olhanense.

Por seu lado, a Académica, com melhor diferença de golos do que os dois conjuntos minhotos, ascendeu ao segundo lugar, ao bater o Vitória de Guimarães por 3-1.

Os brasileiros Diogo Melo, aos 53 minutos, e Laionel, aos 90, e o senegalês Sougou, aos 80, apontaram os tentos do “onze” comandado por Jorge Costa.

Com o seu golo, o africano igualou o brasileiro Hulk (FC Porto) na liderança dos marcadores, com quatro golos.
Por seu lado, o avançado brasileiro Edgar Silva, ex-jogador da “Briosa”, apontou o tento dos forasteiros, aos 54 minutos, com um remate de cabeça.

A formação “arsenalista”, vicecampeã em título, também já ganhou na sexta ronda, ao vencer em casa a Naval 1.º de Maio por 3-1, sexta-feira, no jogo de abertura.

Os brasileiros Mossoró, Orestes (própria baliza) e Paulo César facturaram para o “onze” de Domingos Paciência, enquanto o compatriota Fábio Júnior apontou o tento de honra do conjunto da Figueira da Foz.

Fonte: Sapo Desporto

REGRESSO ÀS VITÓRIAS

Sp. Braga 3-1 Naval
Lar doce lar. Depois de três desaires consecutivos, todos eles fora de portas e com diferentes leituras e abordagens, o Sp. Braga voltou aos triunfos, com uma vitória por 2-0 sobre a Naval. É de novo uma equipa feliz, a de Domingos Paciência e pode agora reerguer-se das cinzas e unir esforços pois, usando uma frase que Jorge Jesus mediatizou, ainda há muitos frangos para virar.

Domingos não gostou da forma como foi vista a fase negra da equipa, usando como metáfora o desabar do mundo sobre a equipa. Se aconteceu, deixou mossa, pois a entrada em jogo do Sp. Braga foi cinzenta. Muito cinzenta diga-se. O desacerto a meio-campo chegou a inquietar o público presente e a falta de ligação entre sectores era evidente. Nem parecia a mesma equipa que, por exemplo, tinha feito a vida negra ao F.C. Porto, no melhor jogo do campeonato.

Mossoró que regressou esta noite à titularidade seis meses depois da noite azarada da Luz era um dos rostos do desacerto, a par de Matheus, mas conseguiu levar a melhor no duelo com o azar. Aproveitando uma bola que Salín já tinha defendido por duas vezes, atirou a contar e abriu o activo. Estavam decorridos 27 minutos e os minhotos até nem tinham feito muito por isso.

E se não o fizeram, em parte, se deveu à organização da Naval. O problema do conjunto de Victor Zvunka é um pouco esse. É uma equipa organizada e dificulta ao máximo a tarefa do adversário. Mas não passa disso. Quando sofre um golo, como esta noite, as carências na transição apoiada vêm ao de cima. Ao Sp. Braga bastava aproveitar

Um jogo assim tinha de ter um golo destes...

O segundo tempo começou com a mesma toada amena e o encontro acabou por ter o seu espasmo logo aos 51 minutos. Lance muito confuso e, aparentemente, faltoso a dar o segundo golo ao Sp. Braga. Cruzamento de Lima na direita, a bola desvia em Orestes e ganha altura. Vai cair sobre a linha de golo onde Salín, carregado por Alan, apenas consegue confirmar o inevitável.

Até ao final foi apenas esperar pelo resultado final que, sabia-se, apenas poderia diferir nos números. Deu para mais um para cada lado. Primeiro por Paulo César, após passe de Salino. Depois por Fábio Júnior, a empurrar entre os centrais bracarenses, numa altura em que eram queimados os últimos cartuxos.

Afinal de contas, mesmo durante este período em que apareceram os golos, a Naval não incomodava (alguma vez incomodou?) e o Sp. Braga, longe de brilhar, controlava. Porque o conforto do lar tem destas coisas. Mesmo aquele colchão preferido, companheiro de tantos e tantos dias, tem uma mola solta que por vezes incomoda. Para os minhotos foi assim: não houve perfeição no regresso. Mas, pelo menos, já voltou a sorrir. O traje de gala fica para outra altura.

Fonte: Maisfutebol

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

PAULO BENTO APRESENTA-SE

Paulo Bento afirmou, na sua primeira conferência de imprensa como seleccionador nacional, que depois dos recentes resultados de Portugal para o apuramento do Euro2012, a equipa de Portugal não tem o direito de pedir nada aos adeptos portugueses mas sim a obrigação de devolver o orgulho aos portugueses na sua equipa.

Paulo Bento tem como objectivo principal qualificar Portugal para o Euro 2012 apesar de considerar que as "coisas estão difíceis". O treinador português foi hoje apresentado oficialmente, na sede da FPF, como o sucessor de Carlos Queiroz, e promete trabalho para inverter a situação complicada em que Portugal se encontra.

"Grande objectivo é qualificar Portugal para o Euro", começou por dizer o técnico português. "Temos a noção que as coisas estão difíceis mas que temos uma grande possibilidade. Temos a possibilidade de inverter a situação. É a isso que nos temos de agarrar", disse Paulo Bento.

"A missão é difícil. Não nos devemos enganar. Os números não enganam. Mas há possibilidades para o fazer e a qualidade para o fazer. Não me passa pela cabeça que haja algum jogador coloque em causa o apuramento".

Sobre os alegados problemas de individualismo no seio da selecção nacional, Paulo Bento assegura que enquanto for seleccionador o grupo estará sempre à frente do individual. "Quem vier às nossas concentrações tem que se preocupar com o conjunto e não no individual" disse Paulo Bento.

Em relação ao próximo jogo frente à Dinamarca, Paulo Bento reconhece que há um divórcio entre equipa e adeptos, mas apela à mobilização de adeptos para o jogo no Dragão.

"Eu desejo muito, quero muito que o Dragão esteja cheio, acredito que possa acontecer. É uma coisa que nós não temos o direito de pedir aos portugueses. Primeiro de tudo temos que dar aos portugueses. Não temos o direito de pedir nada a eles, temos sim a obrigação de dar aos portugueses para termos o estádio cheio."
Fonte: Sapo Desporto

terça-feira, 21 de setembro de 2010

FC PORTO: 19 VITÓRIAS CONSECUTIVAS

Desde que Hulk joga que os Dragões só sabem ganhar
O embalo vem da fase final da pretérita temporada e promete levar tudo à frente. O F.C. Porto está em pleno ciclo de 19 vitórias consecutivas em partidas oficiais, 12 das quais a contar para o campeonato nacional. A última derrota data de 21 de Março (precisamente há meio ano), dia da final da Taça da Liga, disputada no Algarve contra o Benfica: 0-3.

Há nestas contas duas séries diferentes a considerar. Da primeira já falámos. 19 triunfos, epicentro em Vila do Conde, na noite do regresso de Hulk aos relvados após longa suspensão. 12 sucessos para a Liga, três para a Taça de Portugal, três para a Liga Europa e um na Supertaça.

A segunda envolve somente compromissos para o campeonato nacional. Nestes cálculos recuamos mais alguns dias no calendário e iniciamos a contabilidade no dia 13 de Março. O F.C. Porto tem 13 vitórias seguidas em jogos da Liga. Oito ainda no reinado de Jesualdo Ferreira, cinco já sob a égide de André Villas-Boas.

São números importantes, significativos, que confirmam a estabilidade e a consistência dos dragões.

Ataque viperino e defesa de argamassa

Se nos concentramos apenas no Porto versão 2010/11, concluímos que a equipa de André Villas-Boas apresenta uma excelente média no número de golos por jogo: 2,5. O principal contributo tem chegado do pé de esquerdo de Hulk. O brasileiro é o melhor marcador da equipa, com sete golos, e logo atrás surgem os cinco de Falcao.

Varela (3), Belluschi (2), Rolando (2), Souza e Rúben Micael também já marcaram.

E o que dizer da prestação defensiva da equipa? Quatro golos sofridos, dois contra o Sp. Braga e dois perante o Genk. Quer isto dizer que o F.C. Porto já acabou sete (em nove) jogos sem sofrer qualquer golo.
Fonte: Maisfutebol

OFICIAL: PAULO BENTO SELECCIONADOR ATÉ 2012

A Federação Portuguesa de Futebol confirmou, esta terça-feira, que Paulo Bento acabou de assinar contrato até Julho de 2012, assumindo desta forma o comando técnico da Selecção Nacional, ladeado por três elementos da sua equipa técnica: Leonel Pontes, o preparador físico João Aroso e o treinador de guarda-redes Ricardo Peres.

“Paulo Bento e restante equipa técnica assinam um contrato válido até Julho de 2012 e serão apresentados em Conferência de Imprensa agendada para quarta-feira, dia 22 de Setembro, às 12h00, na sede da FPF”, pode ler-se no comunicado publicado pela organização.
Fonte: O Jogo online

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DRAGÃO IMPARÁVEL NÃO "TREME"

Azuis-e-brancos respondem da melhor forma aos "mind games" de Jorge Jesus e provam que quem tem que "tremer" e preocupar-se é o Benfica.
NACIONAL 0-2 FC PORTO
Quinta jornada a ganhar, nona vitória consecutiva na era Villas-Boas, décima nona desde finais de Março. Os números acumulam-se e espelham o conforto da liderança do F.C. Porto que confirmou a tradição de ser feliz na Choupana, num jogo em que teve sempre o vento a favor.

Superior na atitude, na dinâmica, e na qualidade dos jogadores, o F.C. Porto juntou a isso a fortuna nos incidentes do jogo. Como se viu nesse intervalo entre os 21 e 22 minutos, que inclinou decididamente a balança para o lado do mais forte. Tudo começou num corte com o braço de João Aurélio, nas imediações da área, originou um livre lateral que Belluschi cobrou na direcção da baliza. O mesmo João Aurélio, cobrindo o primeiro poste, traiu Bracalli com uma cabeçada de recurso, e assinou o primeiro autogolo da Liga, repetindo o azar que já protagonizara na última temporada.

No lance seguinte, numa das raras vezes em que o Nacional conseguiu um cruzamento, Bruno Paixão fez vista grossa a um corte com o braço de Rolando em plena área, e acentuou assim um desequilíbrio que os primeiros 20 minutos já tinham tornado nítido.

Jokanovic tinha identificado, e bem, as faixas laterais do F.C. Porto como principal perigo. Isso explica o esquema prudente, em 4x2x3x1, com Edgar Costa a seguir Álvaro Pereira no campo todo e João Aurélio a fazer os possíveis por incomodar os centrais portistas. Mas, limitado pela ausência forçada de Patacas e a adaptação de Tomasevic, o Nacional estava condenado a sofrer nesse particular.

Isso tornou-se nítido logo nos primeiros minutos, e o golo portista poderia ter acontecido bem antes do minuto infeliz de João Aurélio, quer numa mancha de Bracalli perante Varela, quer num voo do guarda-redes após grande trabalho individual de Moutinho.

Veio o golo feliz, veio o tal lance de Rolando, e o F.C. Porto ficou livre para se sentar na poltrona. Após alguns minutos em que o Nacional teve a iniciativa mas não conseguiu fazer muito com ela, os ataques rápidos a partir dos flancos prosseguiram a construção de uma vitória que, ainda antes do intervalo, começava a parecer certa.

A oficialização dessa vitória poderia ter chegado no último lance da primeira parte, quando Tomasevic, como corolário de uma noite sofrida, travou Varela em plena área. Falcao acertou no poste, no único incidente de jogo que não foi favorável ao dragão, mas esse percalço foi apenas o adiar da sentença.

Na segunda parte, Jokanovic trocou Tomasevic por Stojanovic, mas os problemas continuaram. Aliás, foi um erro primário do novo lateral-esquerdo a permitir a Hulk o habitual número desequilibrador, fabricando para Varela o seu terceiro golo em dois jogos.

Com o jogo mais do que decidido, e sem que o Nacional encontrasse argumentos no banco para mudar de alguma forma o estado de coisas, os últimos minutos permitiram a André Villas-Boas o habitual exercício de gestão, dando minutos e moral a Micael, Souza e Rodríguez e adaptando a equipa a um 4x4x2, que só não deu mais golos por mérito do sacrificado Bracalli.

Fonte: Maisfutebol

domingo, 19 de setembro de 2010

CARDOSO RESOLVE

Benfica 2-0 Sporting
No derby de todos os medos o mais corajoso foi Cardozo. O Tacuara pediu desculpas com golos e não com palavras de circunstância no final de uma partida. A Luz rendeu-se ao goleador das últimas épocas e a águia voou por fim! Voou sobre um leão ao qual faltaram garras. A um clube como o Sporting não basta ter a bola, é preciso ameaçar como um verdadeiro leão. Na primeira parte jamais o conseguiu, na segunda pouco o fez e saiu derrotado. Saiu porque hoje o rival encarnado é mais equipa, está mais crescido e afugentou os fantasmas das primeiras rondas. O derby encheu a autoconfiança da águia.

Do outro lado, Carlos Xistra, que tornou o emocionante jogo numa partida mais pobre, com faltas atrás de faltas vistas só pelo próprio, ou pelos assistentes, sem razão, sem ninguém entender. Foi a personagem triste do encontro, o mais defensivo de todos em campo. A jornada anterior, com outro protagonista, tinha sido demasiado escaldante para o juiz, que até começou bem, mas acabou por ser decisivo, não no resultado, mas sim nos desempenhos de encarnados e verdes e brancos. O jogo seria mais solto, com alguém que percebesse quando deve deixar os verdadeiros protagonistas sê-lo.

Cardozo, no 3x3

A revolução esperada no onze fez o leão espreguiçar-se num 4x2x3x1, com Djaló a fugir muitas vezes da direita para o meio. A ideia só resultou nuns poucos minutos iniciais, a altura em que o Benfica analisou o adversário. A partir dos quatro, porém, os encarnados partiram para o ataque.

Cardozo atirou ao poste, na primeira instância, não desviou para o golo na segunda e à terceira, na decisão suprema, atirou a contar. Três vezes três do Tacuara: terceira tentativa, terceiro golo consecutivo em derbies com o Sporting. Mais do que isso, um quarto de hora de grande esforço, de entrega, para o tribunal da Luz aplaudir. Pazes feitas.

O leão estava obrigado a reagir. Fê-lo com bola, mas a ideia que ficou de 45 minutos foi que essa posse era mais cedida, que conquistada. Muitas dificuldades para furar as linhas adversárias, perante o melhor Benfica da temporada, no sector recuado, a saber fechar espaços e a pressionar como em 2009/10.

O primeiro tempo resume-se depois em poucas palavras: uma arrancada de Saviola, aos 29, que Patrício segurou e faltas, infracções, simulações também e cartões amarelos: uns justificados, outros longe disso. O primeiro tempo chegou ao fim com Xistra a empobrecer uma partida que, a partir do 1-0, os encarnados souberam controlar.

Liedson continua a zeros

Espelho, reflexo, o que quer que seja, começou a segunda parte como a primeira. Leão com bola, Cardozo a não perdoar, na redenção total com o terceiro anel. O Tacuara fez o 2-0 num lance de eficácia total, com poucos toques e o último fatal: o leão ficou ferido de morte.

Sem Aimar em campo, o Benfica até se deu a esse luxo, Ruben Amorim deu a Liedson a oportunidade de voltar a marcar na Luz. Perda de bola infantil e o 31 dos leões em direcção à baliza, como tantas vezes no passado, com os corações encarnados à espera do costume. Mas a seca continua. E desde Abril de 2007 que o Sporting não marca na Luz. Liedson não se encontra com o passado, tal como o leão, que parece fugir da própria história, da que o tornou enorme.

Dois minutos depois, Postiga testou Roberto, que defendeu. O leão quase acabava aí no encontro (ia ter um ou outro lance mais), no que toca ao ataque, enquanto a águia enchia o peito e quase se enchia de golos. Rui Patrício salvou o terceiro (grandíssima defesa) e viu Cardozo desperdiçar o hat-trick.

Num jogo de temores, o Benfica teve força de campeão. Não foi excitante, foi antes cumpridor e mais intenso. E isso bastou-lhe para vencer um leão, igual em grandeza e que continua à frente na tabela, mas que está, claramente, mais longe da identidade que o fez ser quem é.
Fonte: Maisfutebol

DESILUSÃO AO CAIR DO PANO

Paços de Ferreira 2-2 Sp. Braga

O Sporting de Braga empatou, este domingo, a dois golos com o Paços de Ferreira, no Estádio da Mata Real, em jogo da quinta jornada da I Liga.

Depois de duas derrotas consecutivas, frente ao FC Porto (3-2) para o campeonato nacional, e Arsenal (6-0) para a Liga dos Campeões, o Sporting de Braga não conseguiu vencer na Mata Real numa exibição pouco convincente. Os minhotos estiveram a vencer por 2-0 mas deixaram-se empatar.

O primeiro golo bracarense apareceu ao minuto 10, na sequência de um pontapé de canto marcado por Luís Aguiar, Moisés apareceu no coração da área e cabeceou para o fundo das redes. O guardião pacense Coelho podia ter feito melhor.

Depois do golo sofrido, o Paços de Ferreira sentiu que não podia defraudar os adeptos em casa e tornou-se mais atrevido. Até ao golo do central bracarense, assistiu-se a um jogo muito disputado no meio-campo.

Ao minuto 14, os homens da casa podiam ter feito o empate mas Felipe mostrou-se atento. Baiano, pela direita, cruzou atrasado para a entrada da grande área, onde surgiu Olímpio a rematar forte para a boa defesa do guarda-redes do Braga.

Na primeira parte, Rodríguez, lesionado, teve de ser substituído por Paulão.

A defesa bracarense voltou a mostrar fragilidades (recorde-se que nos dois últimos jogos sofreu nove golos) e o Paços fez o que quis à entrada da área, mas os pacenses também não mostraram eficácia na finalização.

No segundo tempo, Luís Aguiar colocou o Sporting de Braga numa posição mais confortável ao marcar o segundo golo ao minuto 54. Na melhor jogada dos minhotos, e numa boa combinação entre Paulo César e Luís Aguiar, o uruguaio, já dentro da área pacense, fuzilou sem hipóteses para Coelho.

A equipa da casa teve logo depois duas grandes oportunidades para fazer balançar as redes bracarense mas Felipe esteve em dia sim.

Mas à terceira foi de vez para os “castores”. Ao minuto 69, o defesa brasileiro Baiano marcou um grande golo com um remate forte e cruzado da direita.

Nos segundos 45 minutos, o Paços de Ferreira esteve muito melhor, com grandes oportunidades para ultrapassar os minhotos no marcador, comparado com um Braga adormecido e com lançamentos longos sem sentido para o ataque.

O Paços de Ferreira tanto insistiu que fez o golo que garantiu o empate. Ao minuto 90, num pontapé de canto de Maykon, Cohene cabeceou para a baliza de Felipe e levou ao delírio os adeptos pacenses.

A formação de Domingos soma o terceiro jogo sem vencer e o Paços de Ferreira continua sem perder em casa.

Fonte: Sapo Desporto

MOURINHO PARTE A LOIÇA EM MADRID

«Não entendo por que não me deixam treinar Portugal!"
José Mourinho estalou o verniz em declarações à RTP reproduzidas pela imprensa espanhola. O treinador não gostou do facto de o Real Madrid não o deixar orientar a selecção portuguesa nos jogos de apuramento com Islândia e Dinamarca.

«Não entendo por que não me deixam treinar Portugal quando no Real não vou ter quase nada para fazer. Vou estar nove dias de férias em Madrid enquanto há jogos de selecções», disse José Mourinho.

Antes, o director-geral do clube, Jorge Valdano, deu o assunto por encerrado. «Damos o tema Mourinho/Portugal como terminado. Seguramente, ele está contrariado porque toda a gente gosta de ajudar o próprio pais, mas o Madrid não recebeu qualquer comunicação oficial de Portugal», disse o argentino.

No entanto, o «AS» escreve que o presidente da Federação Portuguesa de Fuetbol, Gilberto Madaíl, telefonou ao presidente do Real Madrid, Florentino Perez, para formalizar o pedido. Perez deu uma nega a Madaíl, de acordo com o mesmo jornal, que ainda escreve que será Paulo Bento o nomeado para dirigir a selecção portuguesa.
Fonte. Maisfutebol