segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DRAGÃO IMPARÁVEL NÃO "TREME"

Azuis-e-brancos respondem da melhor forma aos "mind games" de Jorge Jesus e provam que quem tem que "tremer" e preocupar-se é o Benfica.
NACIONAL 0-2 FC PORTO
Quinta jornada a ganhar, nona vitória consecutiva na era Villas-Boas, décima nona desde finais de Março. Os números acumulam-se e espelham o conforto da liderança do F.C. Porto que confirmou a tradição de ser feliz na Choupana, num jogo em que teve sempre o vento a favor.

Superior na atitude, na dinâmica, e na qualidade dos jogadores, o F.C. Porto juntou a isso a fortuna nos incidentes do jogo. Como se viu nesse intervalo entre os 21 e 22 minutos, que inclinou decididamente a balança para o lado do mais forte. Tudo começou num corte com o braço de João Aurélio, nas imediações da área, originou um livre lateral que Belluschi cobrou na direcção da baliza. O mesmo João Aurélio, cobrindo o primeiro poste, traiu Bracalli com uma cabeçada de recurso, e assinou o primeiro autogolo da Liga, repetindo o azar que já protagonizara na última temporada.

No lance seguinte, numa das raras vezes em que o Nacional conseguiu um cruzamento, Bruno Paixão fez vista grossa a um corte com o braço de Rolando em plena área, e acentuou assim um desequilíbrio que os primeiros 20 minutos já tinham tornado nítido.

Jokanovic tinha identificado, e bem, as faixas laterais do F.C. Porto como principal perigo. Isso explica o esquema prudente, em 4x2x3x1, com Edgar Costa a seguir Álvaro Pereira no campo todo e João Aurélio a fazer os possíveis por incomodar os centrais portistas. Mas, limitado pela ausência forçada de Patacas e a adaptação de Tomasevic, o Nacional estava condenado a sofrer nesse particular.

Isso tornou-se nítido logo nos primeiros minutos, e o golo portista poderia ter acontecido bem antes do minuto infeliz de João Aurélio, quer numa mancha de Bracalli perante Varela, quer num voo do guarda-redes após grande trabalho individual de Moutinho.

Veio o golo feliz, veio o tal lance de Rolando, e o F.C. Porto ficou livre para se sentar na poltrona. Após alguns minutos em que o Nacional teve a iniciativa mas não conseguiu fazer muito com ela, os ataques rápidos a partir dos flancos prosseguiram a construção de uma vitória que, ainda antes do intervalo, começava a parecer certa.

A oficialização dessa vitória poderia ter chegado no último lance da primeira parte, quando Tomasevic, como corolário de uma noite sofrida, travou Varela em plena área. Falcao acertou no poste, no único incidente de jogo que não foi favorável ao dragão, mas esse percalço foi apenas o adiar da sentença.

Na segunda parte, Jokanovic trocou Tomasevic por Stojanovic, mas os problemas continuaram. Aliás, foi um erro primário do novo lateral-esquerdo a permitir a Hulk o habitual número desequilibrador, fabricando para Varela o seu terceiro golo em dois jogos.

Com o jogo mais do que decidido, e sem que o Nacional encontrasse argumentos no banco para mudar de alguma forma o estado de coisas, os últimos minutos permitiram a André Villas-Boas o habitual exercício de gestão, dando minutos e moral a Micael, Souza e Rodríguez e adaptando a equipa a um 4x4x2, que só não deu mais golos por mérito do sacrificado Bracalli.

Fonte: Maisfutebol

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