Champions League: SPORTING 2-5 BARCELONA
Um Barcelona de classe extra foi a Alvalade explicar por que razão é, de momento, um dos mais fortes candidatos à vitória nesta edição da Liga dos Campeões. Pelo caminho, a equipa catalã decidiu a pequena questão em aberto do primeiro lugar no grupo C e, no que se torna mais relevante para os portugueses, com a maior derrota alguma vez sofrida em casa pelos leões nas provas europeias, deu ao Sporting de Paulo Bento a justa medida do muito que o separa dos grandes da Europa.
Oficialmente, o desfecho ficou decidido antes dos 20 minutos, com o segundo golo catalão. Mas desde o primeiro número de circo de Messi e do consequente livre de Xavi à trave (7 m) que os adeptos do Sporting já tinham percebido o essencial: mesmo sem Etoo, Puyol, Sylvinho e Iniesta, entre outros, a equipa de Guardiola entrava em campo com a atitude séria de quem tem um estatuto a defender. E, por essa disposição, a esperança de ver repetida uma proeza como a de há dois anos, com o Inter, tornava-se uma miragem sem qualquer ponto de contacto com a realidade.
Talvez o tropeção com o Getafe, há quatro dias, fosse um factor de motivação extra para os azuis-grená. O certo é que, além de Messi, também Henry, Hleb, Gudjohnsen, Daniel Alves e companhia capricharam em mostrar por que razão este Barcelona passou, em apenas três meses, de pretexto para as mais variadas desconfianças a uma máquina de futebol ofensivo e inteligente, por força de uma organização exemplar, que tem em Xavi a grande referência.
Por tudo isto, é difícil avaliar até que ponto um Sporting mais concentrado e sem cometer tantos erros grosseiros, poderia ter evitado este desfecho perante uma equipa que, em especial nos primeiros 60 minutos, praticou do melhor futebol que Alvalade terá memória.
A exasperante lentidão de Grimi na recuperação defensiva, por exemplo, esteve na origem do primeiro golo, com Messi a entrar em velocidade numa defesa descompensada e a fazer gato-sapato de Daniel Carriço para oferecer o golo a Henry. A colaboração involuntária de Polga no segundo golo, apenas três minutos mais tarde, precipitou tudo o resto. Até ao intervalo, o Barcelona trocou a bola como quis, com Liedson e Yannick condenados a passar fome, bem longe da área de Valdés.
Com o jogo na mão, Guardiola poupou Henry e, pouco depois, Messi, não sem que o argentino tivesse concluído a sua visita de Estado com o terceiro golo da noite: a defesa do Sporting parou para organizar a barreira e Daniel Alves não pediu licença para, em bicos de pés, isolar o prodígio argentino.
A goleada parecia inevitável e foi nesta altura que o jogo teve um momentâneo lapso de razão: aproveitando alguma desconcentração catalã, Miguel Veloso converteu um livre exemplar e, no lance seguinte, após perda de bola de Marquez, Liedson surgiu na cara de Valdés para fazer um 3-2 perfeitamente ilusório, face ao que estava a ser o jogo.
A ilusão não durou sequer um minuto, porque esta era daquelas noites determinadas pela lei de Murphy, segundo a qual tudo o que pode correr mal, correrá. De outra forma, como explicar aquele corte atabalhoado de Caneira, que na ânsia de evitar o remate do jovem Pedro fez um chapéu perfeito a Rui Patrício (68 m)? E como explicar que, quatro minutos mais tarde, Bojan surgisse na cara de Patrício, obrigando o guarda-redes do Sporting a uma saída desesperada, que resultou em expulsão cruel e no inevitável quinto golo?
Para os homens de Paulo Bento fica a evidência de que esta não era uma guerra que tivessem argumentos para travar: resta-lhes recuperar o orgulho e fechar esta fase de grupos com uma vitória em Basileia. Uma equipa que, em comum com este grande Barça, tem apenas a cor dos equipamentos.
Oficialmente, o desfecho ficou decidido antes dos 20 minutos, com o segundo golo catalão. Mas desde o primeiro número de circo de Messi e do consequente livre de Xavi à trave (7 m) que os adeptos do Sporting já tinham percebido o essencial: mesmo sem Etoo, Puyol, Sylvinho e Iniesta, entre outros, a equipa de Guardiola entrava em campo com a atitude séria de quem tem um estatuto a defender. E, por essa disposição, a esperança de ver repetida uma proeza como a de há dois anos, com o Inter, tornava-se uma miragem sem qualquer ponto de contacto com a realidade.
Talvez o tropeção com o Getafe, há quatro dias, fosse um factor de motivação extra para os azuis-grená. O certo é que, além de Messi, também Henry, Hleb, Gudjohnsen, Daniel Alves e companhia capricharam em mostrar por que razão este Barcelona passou, em apenas três meses, de pretexto para as mais variadas desconfianças a uma máquina de futebol ofensivo e inteligente, por força de uma organização exemplar, que tem em Xavi a grande referência.
Por tudo isto, é difícil avaliar até que ponto um Sporting mais concentrado e sem cometer tantos erros grosseiros, poderia ter evitado este desfecho perante uma equipa que, em especial nos primeiros 60 minutos, praticou do melhor futebol que Alvalade terá memória.
A exasperante lentidão de Grimi na recuperação defensiva, por exemplo, esteve na origem do primeiro golo, com Messi a entrar em velocidade numa defesa descompensada e a fazer gato-sapato de Daniel Carriço para oferecer o golo a Henry. A colaboração involuntária de Polga no segundo golo, apenas três minutos mais tarde, precipitou tudo o resto. Até ao intervalo, o Barcelona trocou a bola como quis, com Liedson e Yannick condenados a passar fome, bem longe da área de Valdés.
Com o jogo na mão, Guardiola poupou Henry e, pouco depois, Messi, não sem que o argentino tivesse concluído a sua visita de Estado com o terceiro golo da noite: a defesa do Sporting parou para organizar a barreira e Daniel Alves não pediu licença para, em bicos de pés, isolar o prodígio argentino.
A goleada parecia inevitável e foi nesta altura que o jogo teve um momentâneo lapso de razão: aproveitando alguma desconcentração catalã, Miguel Veloso converteu um livre exemplar e, no lance seguinte, após perda de bola de Marquez, Liedson surgiu na cara de Valdés para fazer um 3-2 perfeitamente ilusório, face ao que estava a ser o jogo.
A ilusão não durou sequer um minuto, porque esta era daquelas noites determinadas pela lei de Murphy, segundo a qual tudo o que pode correr mal, correrá. De outra forma, como explicar aquele corte atabalhoado de Caneira, que na ânsia de evitar o remate do jovem Pedro fez um chapéu perfeito a Rui Patrício (68 m)? E como explicar que, quatro minutos mais tarde, Bojan surgisse na cara de Patrício, obrigando o guarda-redes do Sporting a uma saída desesperada, que resultou em expulsão cruel e no inevitável quinto golo?
Para os homens de Paulo Bento fica a evidência de que esta não era uma guerra que tivessem argumentos para travar: resta-lhes recuperar o orgulho e fechar esta fase de grupos com uma vitória em Basileia. Uma equipa que, em comum com este grande Barça, tem apenas a cor dos equipamentos.
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