domingo, 30 de agosto de 2009

O VOO DO FALCÃO

Naval 1-3 FC Porto
O F.C. Porto assumiu a liderança do Campeonato, ao vencer a Naval, e fica à espera do resultado do Sp. Braga com o Belenenses, para saber se irá ficar definitivamente na liderança. Acabou por ser uma vitória tranquila e sem margem para dúvidas a dos tetracampeões na Figueira. Escusado era que tivessem começado a gerir uma vantagem madrugadora tão cedo, permitindo à Naval acreditar no empate e ir para o intervalo com os portistas encostados às cordas.
O acto de contrição era inevitável e, na segunda parte, tudo voltou à normalidade. Os campeões nacionais ampliaram a vantagem com toda a naturalidade, os donos da casa reduziram, e Farias, pouco depois, selou a vitória.
Quanto à Naval, vai continua no último lugar da classificação, com um ponto apenas, mas conseguiu o primeiro golo na competição, ainda que marcado por um adversário. Já são quatro meses sem vitórias, numa continuação da segunda volta desastrosa da última edição da Liga. Nada de novo, portanto.
Marcar cedo e recuar
Os comandados de Jesualdo Ferreira entraram a todo o gás, determinados a marcar cedo e conseguiram-no com toda a naturalidade tal a forma como foram conseguindo quase asfixiar a defesa da casa. A jogada foi do melhor que o ataque portista tem produzido: excelente entendimento entre Álvaro Pereira e Varela, cruzamento irrepreensível do jovem avançado, que desbaratou os centrais figueirenses, permitindo a Mariano a assistência para um golo fácil de Falcao.
A entrada decidida dos tetracampeões e, ao mesmo tempo, a facilidade com que se adiantaram no marcador fazia antever um passeio calmo à beira-mar mas, estranhamente, a equipa foi perdendo vontade de chegar à frente, entregou a iniciativa à Naval e esta não se fez rogada. Pese uma boa oportunidade para Falcao bisar, tudo o mais que aconteceu depois, em termos ofensivos, pertenceu aos figueirenses.
Helton também decidiu dar uma ajuda, ao largar uma bola, e teve de ser Álvaro Pereira a aliviar para canto, evitando males maiores. O guarda-redes brasileiro já antes tinha dado alguns sinais de intranquilidade mas redimiu-se ao defender com os pés um remate com selo de golo de Michel Simplício.
O intervalo chegava pouco depois, com o F.C. Porto numa posição já desconfortável face à pressão da Naval, que ia beneficiando de livres, porém sem nunca conseguir criar perigo efectivo para a baliza portista. Os donos da casa não souberam aproveitar a benesse e, como é sabido, oportunidades destas frente aos dragões não se podem esbanjar.
Varela acabou com as dúvidas
Algo tinha de mudar. O regresso dos balneários trouxe um F.C. Porto mais consentâneo com a sua imagem, embora sem deslumbrar. A eficácia foi mesmo a tónica dominante e o segundo golo da noite assentou bem ao seu autor: Varela. Já tinha mostrado que não estava ali para proporcionar uma noite tranquila ao marcador directo, iniciou a jogada do tento inaugural, e concluiu o lance do segundo, com classe.
Agora sim, já havia condições para gerir o resultado e o cansaço, dar mais uns minutos a Cristian Rodríguez e testar soluções. A Naval ainda conseguiu reduzir, num auto-golo de Rolando, mas a resposta veio logo a seguir, por Farias. O jogo estava «acabado» e os portistas podiam assinalar o décimo mês consecutivo sem derrotas para a Liga, consumando a «vingança» sobre a equipa que lhes infligiu o último desaire.
Fonte: Maisfutebol

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