domingo, 30 de agosto de 2009

REGRESSO DE LIEDSON

Académica 0-2 Sporting
O Sporting conseguiu a primeira vitória da época este domingo em Coimbra e começa, aos poucos, a dar sinais de uma possível retoma. Não que tenha jogado bem e mostrado grandes progressos mas a vitória não se discute e, com a missão cumprida, resta agora colher os frutos do capital de moralização dos primeiros três pontos tão desejados pelos leões neste início de temporada.
Desejado também era o fim da «greve» aos golos de Liedson, não deixando de ser sintomático que a equipa de Alvalade tenha voltado a vencer precisamente quando o seu máximo goleador voltou a reencontrar-se com os golos. Ainda há muito por fazer - a defesa está deficitária nos lances aéreos e bolas paradas, o meio-campo ainda falha na dinâmica, salvou-se o ataque, finalmente mais eficaz - mas fica o mais importante: a vitória.
É pela forma como (não) jogou na primeira que se percebem aqueles que falavam em crise no Sporting. Com um meio-campo sem ideias, sobrou Yannick Djaló a pregar no deserto mas também ele, pese um estrondoso remate à trave, foi algumas vezes acometido desse estranho vírus da desinspiração que afectou a generalidade dos jogadores.
Depois de um início movimentado, as equipas cedo encaixaram uma na outra e, com a Académica na expectativa, o Sporting foi tentando chegar à baliza de Ricardo. Pouco fio de jogo, algumas fases mesmo de mau futebol, e algumas (poucas) oportunidades, sempre por Djaló, já que Liedson ainda procurava quebrar o longo jejum de golos.
Em suma, sempre que os leões logravam vencer a defesa da casa, conseguiam-no essencialmente graças à capacidade individual, em termos físicos ou técnicos, dos seus jogadores mas, em termos colectivos, via-se muito pouco. E foi pena, dirá Paulo Bento, porque a estratégia até estava bem pensada, graças a um Liedson generoso a trabalhar para os colegas. Era preciso, isso sim, um melhor aproveitamento dos movimentos do «Levezinho», que conseguia levar consigo um dos centrais estudantis, libertando espaço para as entradas de Yannick. Faltou mais Pereirinha a subir pela direita e não admira que o jovem médio tenha ficado no banco ao intervalo.
A pecha das bolas paradas também se fez sentir, logo a abrir a segunda parte. Foi por uma nesga que Paulo Sérgio, que saltou à-vontade na área, após livre de Miguel Pedro, não conseguiu abrir o activo para a Académica. Passou o susto e o Sporting, com as mexidas introduzidas, encontrou finalmente o caminho certo.
Bento roda a equipa e Liedson mata borrego
Já com Vukcevic em campo mas sem resultados práticos à vista, Paulo Bento deu uma volta à equipa. Tirou André Marques para meter Carlos Saleiro, passou Veloso para a lateral-esquerda, João Moutinho para o lugar do esquerdino e encostou Djaló à direita. Rogério Gonçalves respondeu com Sougou, sem desmontar a estrutura da equipa ou colocar em causa equilíbrios.
O Sporting já dava sinais de melhoria e acabaria por materializar o ascendente no regresso de Liedson aos golos, sete jogos depois. Estava terminado o calvário do goleador luso-brasileiro e, num ápice, até parecia que o leão tinha recebido uma injecção de sangue novo.
Para não correr riscos desnecessários, Paulo Bento aproveitou a última substituição para evitar que Pedro Silva fosse expulso, logo depois de uma entrada dura e susceptível de merecer um segundo cartão amarelo, que o árbitro acabou por condescender. Já com Miguel Pedro, a paciência não foi tão grande e a Académica acabou reduzida a dez jogadores, hipotecando as hipóteses de ainda discutir o resultado. O golo de Djaló só serviu para efeitos estatísticos.
Fonte: Maisfutebol

Sem comentários: