quinta-feira, 6 de novembro de 2008

GUERRA DE NOMES

Galatasaray reforçou-se com grandes nomes e é equipa perigosa
TAÇA UEFA: BENFICA - GALATASARAY (19h30 BenficaTV)


Os três pontos obtidos na última jornada do campeonato foram importantes para a estabilização da equipa benfiquista, mas hoje pede-se mais da magia de Aimar ou Suazo, porque o Galatasaray está ao nível dos adversários mais fortes que a equipa já apanhou pela frente.
Se os encarnados se reforçaram com nomes como Reyes, Aimar ou Suazo, o emblema de Istambul não se ficou atrás. A somar aos vários internacionais turcos que já tinha no plantel, esta época foram contratados jogadores como Harry Kewell (ex-Liverpool), Milan Baros (quem não conhece?) ou Fernando Meira (dispensa apresentações). Para misturar os ingredientes foi contratado o alemão Michael Skibbe, um treinador em ascensão, sedento de se mostrar ao mundo. A coisa tem funcionado razoavelmente bem e, tal como o Benfica, a equipa tem crescido de jogo para jogo.
O Galatasaray venceu convincentemente o Olympiacos e, se ganhar hoje, fica quase qualificado. Quanto ao Benfica, se quer passar a somar quatro e ficar com meio caminho andado para o apuramento, convém repetir a receita de Guimarães (misturar a tal magia com espírito de sacrifício) e, já agora... com umas pitadas do que, já nesta Taça UEFA, fez para conseguir eliminar o Nápoles.
MILAN AC - SP. BRAGA (19H45 Sportv 1)
JESUS NO INFERNO DE SAN SIRO
O palco é assustador, o adversário é temível e nem seria necessário dar nomes às coisas para se perceber na embrulhada em que se meteu o Braga ao participar na presente edição da fase de grupos da Taça UEFA. Ultrapassada em estilo a Taça Intertoto, alcançada com clareza a fase de grupos da Taça UEFA, o Braga tem agora mais um teste que torna os miúdos em homens de barba rija. O nome das coisas ajuda a perceber tudo: o Braga defronta hoje, em San Siro, o Milan, na segunda jornada da fase de grupos da Taça UEFA. Como se não bastasse o poder do adversário, também é na sua casa que o Braga terá de medir forças com a equipa onde abundam nomes de craque: Kaká, Ronaldinho, Maldini e Shevchenko são uma pequena amostra do plantel milanês. E ainda que não jogue, o presidente do Milan, Sílvio Berlusconi, é o primeiro-ministro de Itália, enquanto o presidente do Braga, António Salvador, ainda que sendo um empresário de sucesso, não é sequer presidente da junta de freguesia. Há um mundo a separar estes dois clubes, há um universo que coloca a Série A entre os três melhores campeonatos da Europa e a Liga Sagres na carruagem do meio, sem possibilidades financeiras de chegar à 1ª classe, em sério risco de ficar apertada ou até mesmo perder o lugar na classe turística. Há outros números que valem, ainda que um pontapé certeiro de Meyong possa reduzi-los à insignificância: os activos de duas pernas deste Milan valerão mais de três centenas de milhões de euros, muito longe de um Braga que valerá 48 milhões. Ainda assim, há um outro número, por si só será incapaz de bater Eduardo, mas que quererá dizer muita coisa: Sílvio Berlusconi autorizou um gordo cheque de 47 milhões de euros para que o Milan passasse o defeso a jogar ao ataque no mercado de transferências. Ora, chegaram a Milão estrelas do peso de Ronaldinho - 21 milhões entregues ao Barcelona -, com o conhecimento de Zambrotta (8,5 milhões) ou com a fama interna de Marco Borriello, que trocou Génova por Milanello por 7 milhões. E em Janeiro chega Beckham. Lembram-se dele?
Não deve haver tradução de subprime para italiano, até porque ninguém pareceu muito preocupado que entre compras e vendas o Milan tivesse ficado a perder cerca de 9 milhões de euros. Ora, este prejuízo daria um jeitaço ao Braga, que nem metade desse valor gastou para reforçar o plantel. Teve, para isso, de vasculhar o mercado dos jogadores a custo zero e sensibilizar FC Porto e jogadores para a boa aposta que seria tornarem-se guerreiros do Minho.

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