sábado, 21 de agosto de 2010

SP BRAGA TROPEÇA

V. Setúbal 0-0 SP Braga
Corpo no Bonfim, olhos postos em Sevilha. Domingos Paciência arriscou e fez várias alterações à equipa-base do Sp. Braga, que tão boa conta tem dado de si neste início de temporada. Entre perder três pontos recuperáveis ou perder milhões que jamais voltarão, o técnico jogou e tirou Rodriguez, Alan e Paulo César do onze. Não saiu derrotado, mas, para já, perdeu mais do que ganhou, porque o empate no Bonfim rende mais a quem tem objectivos mais curtos.

Com Vandinho também condicionado, o meio-campo foi ocupado por Salino, Aguiar e três homens que costumam jogar bem mais na frente. E o que se viu do vice-campeão foi que esteve distante de outras exibições, mas, mesmo assim, com capacidade para chegar ao golo. No final dos 45 iniciais, o problema até era de eficácia. Porque se Elton e Lima tivessem apontado uma das oportunidades que tiveram, os minhotos ganhavam a aposta. Assim, antes de chegar à Andaluzia, o Sp. Braga parou na operação Stop do Bonfim.

Felipe defende, Lima num disparate

Do ataque, Domingos só não poupou Matheus. E bem, porque o brasileiro está em forma e o minuto dez provou-o. Não porque o 99 bracarense tenha tido um lance de génio, mas quando um avançado está bem, a bola vai sempre à baliza. Num cruzamento, quase traiu Diego, que resolveu.

Momento imediato e bola na baliza contrária, na melhor jogada sadina no primeiro tempo. O pontapé de Miguelito foi desviado pela qualidade das luvas de Felipe. Prometia a partida e ainda mais ficou essa ideia quando Elton atirou ao lado, cinco minutos depois. Só que o futebol bracarense deixou de carburar e o Vitória tentou controlar o adversário, em vez de dominá-lo. Meyong era uma sombra no jogo e previam-se mudanças ao intervalo. De um lado e do outro, mesmo que Lima tenha tido nos pés o 1-0. Fez um disparate e atirou para a bancada, quando estava isolado.

Alan e Paulo César, mas sempre Matheus

Tão previsível como a tarde tornar-se noite, Alan e Paulo César entraram para o segundo tempo. Domingos tentava recuperar o que deixara de lado em 45 minutos. No Vitória, Neca estava com pouco rendimento e uma subida de produção traria problemas aos minhotos. Por isso, Manuel Fernandes manteve o mesmo onze.

O Sp. Braga percebeu o sinal dado do banco e começou desde logo a colocar perigo na área sadina. Paulo César teve o golo na cabeça, mas atirou por cima. Quando se imaginava um ataque mais acutilante dos minhotos, Ney começou a surgir; Paulo César dava espaço e o lateral obrigava Felipe a nova boa defesa.

Assim foi até à hora de jogo, altura em que o vice-campeão puxou da maior qualidade e assumiu-se, por fim, no encontro. Anderson do Ó falhava aos 59 e de imediato Matheus começava a fazer de Diego um dos melhores do encontro. O guardião sadino defendia tudo, mas mesmo tudo; até com um sopro parece ter desviado para fora um tiro de Paulo César que levava selo de golo.

Vitória e Sp. Braga repetiram o resultado da época anterior. O vice-campeão perde pontos pela primeira vez. Os milhões da Champions atrapalharam um pouco, mas os dois pontos ainda são recuperáveis. Domingos apostou e o «para já» do primeiro parágrafo aparece por uma razão simples: esta é uma aposta que ainda se joga na terça-feira, em Sevilha.
Fonte: Maisfutebol

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