FC Porto nos quartos de final da Champions League
FC Porto 0-0 Atlético Madrid
(2-2 agregate)
Isto é ser grande. Isto é ser digno do mais elitista galarim do futebol europeu. Opulento, no cume da sua maturidade, o F.C. Porto eliminou o A. Madrid e está entre os oito melhores da Liga dos Campeões. Os dragões ultrapassaram a terrível barreira psicológica dos oitavos-de-final (bloqueada desde a época dourada de 2003/04) e demonstraram poder sonhar com muito mais.
Numa actuação equilibrada e bem gerida, os dragões até se podem queixar do empate a zero bolas. O nulo não reflecte uma superioridade patenteada em grande parte da peleja. Jesualdo Ferreira e a sua equipa estão de parabéns. Esta foi a inequívoca prova da sua maioridade.
Dois «caçadores» e a roleta russa
Duelo de nervos. Dois pretendentes ao sucesso e uma certeza: o primeiro a errar tombaria da Liga dos Campeões. Olhos nos olhos, as armas em cima da mesa, memória de uns jovens De Niro e Walken no «O Caçador», de Michael Cimino. Roleta russa, uma bala apenas, o medo a fervilhar na ambição de dois outsiders da prova.
Abel Resino deixou Diego Forlan, povoando o meio-campo com três homens (um brilhante Assunção, Raul García e Maxi Rodríguez) e colocando Sinama Pongolle e Simão nas alas. Com isto, tentou retirar espaço e tempo a Lucho e Raul Meireles, os lançadores portistas. Conseguiu-o, mas apenas a partir da meia-hora.
Os primeiros 30 minutos foram do F.C. Porto. Decidido, concentrado, competitivo. Os tricampeões nacionais entraram fortes, criaram duas boas situações para marcar (Bruno Alves num livre e Fernando através de um remate à entrada da área) mas desvelaram os defeitos do costume nas partidas em casa: sem relva livre para galgar, o trio da frente não rende o mesmo.
Isto é o futebol moderno
Receoso, expectante, apenas figurante nos primeiros 35 minutos, o A. Madrid melhorou muito a partir do momento em que logrou estancar a(s) fonte(s) da criatividade azul e branca. Antes do intervalo, Aguero ridicularizou Sapunaru num lance de contra-resposta e provocou as primeiras vertigens de ansiedade no Dragão. A segunda parte confirmaria a tónica do equilíbrio vigente no tempo de descanso.
O futebol moderno, de alta competição, é isto. Dois conjuntos muito compactos, mentalmente sólidos e capazes de gerir os inevitáveis altos e baixos de um jogo com estas características. Em Portugal, nesta altura, só o F.C. Porto parece ter condições para isto: jogar a um ritmo muito elevado, sem falhas graves e durante grande parte dos 90 minutos.
Hulk à trave, Lisandro ao poste
A equipa de Jesualdo Ferreira ainda esteve algo hesitante na fase inicial do recomeço, mas depois mostrou que é, indubitavelmente, superior a este A. Madrid. Uma palavra para o extraordinário nível de Fernando e Raul Meireles, sempre em altas rotações, e para o jogo em crescendo de Lisandro, Rodríguez e Hulk.
Nó desenlaçado pelo meio-campo do F.C. Porto e os três avançados a fazer das suas. Hulk à trave aos 77 minutos; Lisandro ao poste aos 81 e a festa do golo injustamente adiada. O F.C. Porto concluiu fortíssimo um duelo de nervos que merecia ter vencido. Empatou, mas segue confiante, maduro e orgulhoso rumo aos quartos-de-final. O futebol português agradece.
Numa actuação equilibrada e bem gerida, os dragões até se podem queixar do empate a zero bolas. O nulo não reflecte uma superioridade patenteada em grande parte da peleja. Jesualdo Ferreira e a sua equipa estão de parabéns. Esta foi a inequívoca prova da sua maioridade.
Dois «caçadores» e a roleta russa
Duelo de nervos. Dois pretendentes ao sucesso e uma certeza: o primeiro a errar tombaria da Liga dos Campeões. Olhos nos olhos, as armas em cima da mesa, memória de uns jovens De Niro e Walken no «O Caçador», de Michael Cimino. Roleta russa, uma bala apenas, o medo a fervilhar na ambição de dois outsiders da prova.
Abel Resino deixou Diego Forlan, povoando o meio-campo com três homens (um brilhante Assunção, Raul García e Maxi Rodríguez) e colocando Sinama Pongolle e Simão nas alas. Com isto, tentou retirar espaço e tempo a Lucho e Raul Meireles, os lançadores portistas. Conseguiu-o, mas apenas a partir da meia-hora.
Os primeiros 30 minutos foram do F.C. Porto. Decidido, concentrado, competitivo. Os tricampeões nacionais entraram fortes, criaram duas boas situações para marcar (Bruno Alves num livre e Fernando através de um remate à entrada da área) mas desvelaram os defeitos do costume nas partidas em casa: sem relva livre para galgar, o trio da frente não rende o mesmo.
Isto é o futebol moderno
Receoso, expectante, apenas figurante nos primeiros 35 minutos, o A. Madrid melhorou muito a partir do momento em que logrou estancar a(s) fonte(s) da criatividade azul e branca. Antes do intervalo, Aguero ridicularizou Sapunaru num lance de contra-resposta e provocou as primeiras vertigens de ansiedade no Dragão. A segunda parte confirmaria a tónica do equilíbrio vigente no tempo de descanso.
O futebol moderno, de alta competição, é isto. Dois conjuntos muito compactos, mentalmente sólidos e capazes de gerir os inevitáveis altos e baixos de um jogo com estas características. Em Portugal, nesta altura, só o F.C. Porto parece ter condições para isto: jogar a um ritmo muito elevado, sem falhas graves e durante grande parte dos 90 minutos.
Hulk à trave, Lisandro ao poste
A equipa de Jesualdo Ferreira ainda esteve algo hesitante na fase inicial do recomeço, mas depois mostrou que é, indubitavelmente, superior a este A. Madrid. Uma palavra para o extraordinário nível de Fernando e Raul Meireles, sempre em altas rotações, e para o jogo em crescendo de Lisandro, Rodríguez e Hulk.
Nó desenlaçado pelo meio-campo do F.C. Porto e os três avançados a fazer das suas. Hulk à trave aos 77 minutos; Lisandro ao poste aos 81 e a festa do golo injustamente adiada. O F.C. Porto concluiu fortíssimo um duelo de nervos que merecia ter vencido. Empatou, mas segue confiante, maduro e orgulhoso rumo aos quartos-de-final. O futebol português agradece.
Fonte: Maisfutebol
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