domingo, 1 de fevereiro de 2009

O VELHO SALVADOR


Benfica 1-0 Rio Ave

A «salvação» saiu do banco. O Benfica venceu o Rio Ave, mantendo-se a tradição que dita que os vila-condenses não ganham na Luz. O jogo, que podia ter terminado empatado, acabou com um escasso 1-0. Um golo que saiu dos pés de Mantorras, que se estreou na Liga. O avançado, um dos jogadores mais queridos dos adeptos encarnados, decidiu agradecer a recepção. Quique Flores, por certo, irá agradecer-lhe os preciosos três pontos conquistados. Já o Rio Ave está numa situação complicada, mas fica a ideia de que Carlos Brito ainda poderá ter esperança. O treinador do Benfica ainda apostou com os profissionais da comunicação social que o rendimento de Reyes irá aumentar, depois das críticas feitas a seguir ao jogo com o Belenenses. No entanto, o espanhol manteve o jogador no banco. Só entrou aos 61 minutos, substituindo Di María. Com o castigo de Miguel Vítor, Sidnei voltou ao onze. Aimar ficou entre os suplentes, dando o seu lugar a Nuno Gomes.
Já Carlos Brito colocou Fábio Coentrão frente à equipa que o cedeu aos vila-condenses e lançou o reforço Yazalde, tentando ter homens rápidos no ataque. Uma estratégia que se compreende numa equipa que precisa de golos- marcou apenas por uma vez fora - e não vence desde a 11ª jornada.
Jogo no lamaçal
A primeira parte foi dominada pelo equilíbrio. Durante 40 minutos as equipas lutaram mais contra as condições do relvado do que uma contra a outra. Os jogadores mostraram ter dificuldades em adaptar-se a um campo demasiado encharcado para que os passes saíssem com qualidade. A bola umas vezes rolou demasiado, outras ficou presa na relva.
Cardozo perdeu o duelo com os postes
O jogo concentrou-se, essencialmente, no meio-campo, com uma ou outra investida mais próxima das balizas. Mas sem grande perigo, ainda que os guarda-redes corressem o risco de ser traídos pelo estado do terreno.
Os encarnados terminaram os primeiros 45 minutos em cima do Rio Ave e podiam ter saído em vantagem para o intervalo. Primeiro Cardozo rodou para rematar ao poste direito. Di María, que só tinha de «encostar o pé», chutou com demasiada força e a bola saiu por cima. Já em tempo de descontos, Paiva brilhou ao defender um livre marcado por Carlos Martins.
A segunda parte começou sem alterações nas equipas, mas com o Benfica e tentar aproximar-se da baliza do Rio Ave. Aos 49 minutos Paiva voltou a fazer uma grande defesa, depois de um desvio de Cardozo. Dez minutos depois o paraguaio, que trabalhou muito, voltou a acertar no poste, desta feita o esquerdo.
O Rio Ave tentou lutar de igual para igual e dificultar a vida à formação da casa. Mostrou dignidade, já que, dado o estado do terreno, era difícil mostrar qualidade. Carlos Brito ficou, pelo menos, com a ideia de que os seus jogadores não estão dispostos a desistir, mesmo nas situações mais adversas.
Deixem jogar Mantorras
Ao minuto 66 as bancadas da Luz ganharam vida. Saiu Nuno Gomes para entrar Mantorras. O avançado é um fenómeno de popularidade entre os adeptos e quatro minutos depois de entrar agradeceu o carinho dos benfiquistas com um golo. Tanto o camisola 9 como os adeptos explodiram de alegria. Mas o jogo ainda não tinha terminado. Os encarnados ainda tremeram, com Moutinho quase a marcar, aos 82 minutos.
Apesar das más condições do terreno e de não se poder falar em qualidade, houve entrega e raça na Luz. Os adeptos resistiram ao mau tempo, entusiasmaram-se e festejaram. Os encarnados aproveitaram bem o empate do Sporting na Trofa.
Maisfutebol

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