SPORTING VENCE SUPERTAÇA
Mais um xeque-mate de Paulo Bento a Jesualdo Ferreira. De facto, o jogo pode resumir-se desta forma, apesar de ser sempre nítida alguma falta de sorte em momentos cruciais da parte do FC Porto. Lucho é o melhor exemplo desse infortúnio, ele que atirou uma bola ao poste a meio da primeira parte, num lance só ao alcance dos grandes jogadores, e depois falhou uma grande penalidade que podia ter mudado o rumo da partida.
O Sporting foi sempre uma equipa com uma abordagem positiva à contenda, muito agressiva no ataque em termos defensivos, colocando pressão alta no jogo. Moutinho e principalmente Rochembak pautaram o jogo a meio campo de forma superior, colocando a nu as dificuldades de um meio campo portista órfão de Paulo Assunção - existe aqui um problema sério para Jesualdo resolver, já que Guarín não é claramente jogador para essa posição - e lançando ataques através de Derlei, sempre muito disponível, e Yannick, grande perigo para a defesa nortenha.
De qualquer forma é justo reconhecer que o FC Porto teve ascendente no jogo na primeira meia hora, muito graças à acção de Lucho, muito empreendedor e com uma visão de jogo ao seu nível, colocando passes a rasgar a defesa leonina, desmarcando Rodriguez e Lisandro, que não davam contudo a melhor sequência à inteligência do médio das pampas. O FC Porto perdeu clarividência ofensiva com a derivação de Lisandro para as alas. O internacional argentino está claramente desabituado a essas funções e Farías foi inofensivo.
O golo leonino, ao cair do pano da primeira parte, não trouxe justiça alguma ao jogo, tal foi o equilíbrio - com a balança até a cair ligeiramente para o lado azul e branco - da partida até aí. Esse golo de Yannick teve o condão de desmoralizar a equipa campeã nacional, pelo que a segunda parte pouco trouxe de novo à partida. Foi por isso com naturalidade que o Sporting acabou por chegar ao 2-0, de novo por Yannick.
O Sporting continua assim com vocação para roubar taças ao FC Porto, muito por culpa de Jesualdo Ferreira, que parece incapaz de armar uma táctica que troque as voltas a Paulo Bento. Sempre com equipas à partida inferiores, Paulo Bento consegue tacticamente, com equipas muito bem organizadas e com objectivos bem definidos, dar cartas e pôr a nu as fragilidades de Jesualdo, sempre a dar ares de insegurança e nervosismo - veja-se o flash interview - e muito exitante nas reacções - fez apenas 2 substituições.
De resto, Quaresma faz falta à equipa do FC Porto, tal como faz falta Bosingwa e principalmente Paulo Assunção. Este jogo poderá ter ajudado a clarificar a situação do mágico extremo. A tendência será agora para ficar, sob pena da equipa ficar mais fraca do que no ano passado se ele for vendido.
FC Porto: Helton; Bruno Alves; P. Emanuel; Sapunaru; Benitez; Guarín (Candeias); Raul Meireles; Lucho Gonzalez; Rodriguez; Lisandro; Farías (Hulk).
Sporting: Rui Patrício; Tonel; Abel; Polga; Caneira; João Moutinho; Izmailov; Romagnoli (M. Veloso); Rochemback; Djaló (Pereirinha); Derlei (Postiga).
Árbitro: Carlos Xistra.
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