Erros defensivos ditam mau resultado
Champions League: Sporting 2-2 Fiorentina
Dois golos por mau posicionamento defensivo, uma expulsão caricata. Frente a uma equipa italiana, é capaz de ser de mais. Foi. O Sporting jogou mais do que tem sido hábito, mas voltou a empatar, desta vez na primeira mão do Play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Nada de novo. O Sporting entrou e pouco depois estava a perder. Tinha sido assim na Holanda, bem cedo. Sucedera também na Madeira, um pouco mais tarde.
Desta vez foi aos sete minutos. Pedro Silva foi ajudar os centrais, que por sua vez tinham ido à esquerda, atrás de Gilardino e Mutu, ajudar André Marques. A súbita deriva esquerdista apanhou o barco desequilibrado. Vargas percebeu, rematou cruzado, golo.
Foi o primeiro golo de bola corrida num jogo oficial do Sporting, esta temporada. Com um início de época tremido, como reagiria? A resposta chegou logo a seguir: bem. A defesa não voltou a perder o norte, o meio-campo acertou o passo com Miguel Veloso e Moutinho em bom plano e na frente Hélder Postiga era a referência. Faltava poder de choque na grande área e um pouco mais de clarividência em Vukcevic, Liedson e Matias Fernandez.
O Sporting jogou o suficiente nos primeiros 45 minutos para merecer a ovação dos adeptos mal soou o último apito antes do descanso.
Vuk, o que tu foste fazer?!
A Fiorentina tinha mostrado pouco, mas sabe-se como são as equipas italianas. Não se vê, mas o veneno está sempre lá. O desafio para a segunda parte era duro: manter a intensidade, arriscar um pouco mais, mas não permitir nenhum contra-ataque que tornasse a eliminatória irrecuperável. O árbitro ajudou os italianos logo no reinício, ao deixar em campo central Dainelli, que já tinha um amarelo.
O problema maior continuava a ser a inferioridade nos duelos físicos, sempre ganhos pelos italianos, impecáveis no corpo-a-corpo. Caicedo aquecia e pensava-se nele. Percebia-se o problema de Paulo Bento. Postiga estava bem. Liedson é Liedson. Como mexer? O mais fraco do meio-campo para a frente era Vuk, mas retirá-lo e meter um terceiro avançado poderia desequilibrar tudo. Seria preciso experimentar Matias Fernandez sobre a esquerda. Talvez por isso a primeira alteração tenha sido lá atrás, Pedro Silva por Pereirinha.
Porque o futebol é realmente imprevisível, Vuk recebeu um ressalto de Matias Fernandez e, sozinho, não falhou. Golo, festa, camisola fora. Camisola fora?! Não, camisola fora não podia ser. Amarelo. Segundo. Expulsão. Num minuto, Vuk subia ao céu e descia ao inferno. E o Sporting também. Agora empatado, tinha meia hora para jogar com menos um. (já agora, Matias Fernandez sempre foi para a esquerda, baixando Postiga um pouco. Como fazia sentido antes, com onze)
O jogo parou um pouco para pensar. Liedson não. Ganhou uma bola, foi da direita para o meio e de repente viu Miguel Veloso. Ainda longe da grande área. Mas não havia outra opção. Pega! O médio recebeu, deixou que a acção passasse para o pé esquerdo, levantou o olhar e acreditou. Percebeu-se o silêncio. Durou um instante apenas, quase se ouviu a bola a cortar o ar. Golo. Que espanto! Miguel Veloso andava a precisar de um momento assim há meses.
De repente a vencer pela primeira vez esta temporada, Paulo Bento trocou a juventude de André Marques por Caneira. Face à história do jogo, ganhar pela diferença mínima sobre uma equipa italiana seria bom, muito bom.
Outra vez...
E o Sporting jogava, com inteligência. Guardava a bola, saía com calma, sem se desequilibrar, mas com intenção de incomodar o adversário. E conseguia esse objectivo, a Fiorentina, já sem Mutu, não reagia. Com dez, tudo ia bem em Alvalade.
Sim, e de repente, tão italiano, cruzamento para a área. Gilardino mata no peito e golo. Assim, simples como só eles sabem fazer. Ainda não era esta noite que o Sporting ganhava em 2009/10. Quatro jogos, quatro empates. Desta vez com golos próprios e a certeza de que a equipa cresce. Continua é a errar atrás. Muito.
Nada de novo. O Sporting entrou e pouco depois estava a perder. Tinha sido assim na Holanda, bem cedo. Sucedera também na Madeira, um pouco mais tarde.
Desta vez foi aos sete minutos. Pedro Silva foi ajudar os centrais, que por sua vez tinham ido à esquerda, atrás de Gilardino e Mutu, ajudar André Marques. A súbita deriva esquerdista apanhou o barco desequilibrado. Vargas percebeu, rematou cruzado, golo.
Foi o primeiro golo de bola corrida num jogo oficial do Sporting, esta temporada. Com um início de época tremido, como reagiria? A resposta chegou logo a seguir: bem. A defesa não voltou a perder o norte, o meio-campo acertou o passo com Miguel Veloso e Moutinho em bom plano e na frente Hélder Postiga era a referência. Faltava poder de choque na grande área e um pouco mais de clarividência em Vukcevic, Liedson e Matias Fernandez.
O Sporting jogou o suficiente nos primeiros 45 minutos para merecer a ovação dos adeptos mal soou o último apito antes do descanso.
Vuk, o que tu foste fazer?!
A Fiorentina tinha mostrado pouco, mas sabe-se como são as equipas italianas. Não se vê, mas o veneno está sempre lá. O desafio para a segunda parte era duro: manter a intensidade, arriscar um pouco mais, mas não permitir nenhum contra-ataque que tornasse a eliminatória irrecuperável. O árbitro ajudou os italianos logo no reinício, ao deixar em campo central Dainelli, que já tinha um amarelo.
O problema maior continuava a ser a inferioridade nos duelos físicos, sempre ganhos pelos italianos, impecáveis no corpo-a-corpo. Caicedo aquecia e pensava-se nele. Percebia-se o problema de Paulo Bento. Postiga estava bem. Liedson é Liedson. Como mexer? O mais fraco do meio-campo para a frente era Vuk, mas retirá-lo e meter um terceiro avançado poderia desequilibrar tudo. Seria preciso experimentar Matias Fernandez sobre a esquerda. Talvez por isso a primeira alteração tenha sido lá atrás, Pedro Silva por Pereirinha.
Porque o futebol é realmente imprevisível, Vuk recebeu um ressalto de Matias Fernandez e, sozinho, não falhou. Golo, festa, camisola fora. Camisola fora?! Não, camisola fora não podia ser. Amarelo. Segundo. Expulsão. Num minuto, Vuk subia ao céu e descia ao inferno. E o Sporting também. Agora empatado, tinha meia hora para jogar com menos um. (já agora, Matias Fernandez sempre foi para a esquerda, baixando Postiga um pouco. Como fazia sentido antes, com onze)
O jogo parou um pouco para pensar. Liedson não. Ganhou uma bola, foi da direita para o meio e de repente viu Miguel Veloso. Ainda longe da grande área. Mas não havia outra opção. Pega! O médio recebeu, deixou que a acção passasse para o pé esquerdo, levantou o olhar e acreditou. Percebeu-se o silêncio. Durou um instante apenas, quase se ouviu a bola a cortar o ar. Golo. Que espanto! Miguel Veloso andava a precisar de um momento assim há meses.
De repente a vencer pela primeira vez esta temporada, Paulo Bento trocou a juventude de André Marques por Caneira. Face à história do jogo, ganhar pela diferença mínima sobre uma equipa italiana seria bom, muito bom.
Outra vez...
E o Sporting jogava, com inteligência. Guardava a bola, saía com calma, sem se desequilibrar, mas com intenção de incomodar o adversário. E conseguia esse objectivo, a Fiorentina, já sem Mutu, não reagia. Com dez, tudo ia bem em Alvalade.
Sim, e de repente, tão italiano, cruzamento para a área. Gilardino mata no peito e golo. Assim, simples como só eles sabem fazer. Ainda não era esta noite que o Sporting ganhava em 2009/10. Quatro jogos, quatro empates. Desta vez com golos próprios e a certeza de que a equipa cresce. Continua é a errar atrás. Muito.
Fonte: Maisfutebol
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