terça-feira, 17 de março de 2009

Futuro em português no FC Porto

Há cerca de duas semanas, a propósito de notícias que davam conta de um alegado interesse dos campeões nacionais em Nené, avançado brasileiro do Nacional, Antero Henrique, director-geral do FC Porto explicava em comunicado que a política de contratações dos portistas "privilegia jovens portugueses com elevado potencial de crescimento". Uma filosofia confirmada pelas recentes contratações de Miguel Lopes e Varela, reforços dos portistas para a próxima temporada, mas também suportada pelo facto de jogadores como Beto, Orlando Sá e Eliseu, entre outros, estarem referenciados pelos tricampeões nacionais.
Ora, se isso não bastasse, a mais recente convocatória da Selecção Nacional B, que ontem se concentrou em Rio Maior, regista a presença de nada menos que 12 jogadores directamente ligados ao FC Porto e pelo menos mais dois - Beto e Eliseu - que são dados como alvos do interesse dos campeões nacionais. Um registo cujo alcance vai muito para além da mera curiosidade estatística e que demonstra uma preocupação clara do FC Porto em relação ao futuro e não apenas pelo facto de estarmos a falar de jogadores jovens. A aposta em jogadores portugueses e de elevado potencial não se trata de uma pura e simples afirmação de nacionalismo por parte dos dirigentes do FC Porto e nem sequer se pode explicar apenas através de uma opção financeiramente mais rentável. De facto, com a FIFA e a UEFA empenhadas na aprovação num prazo de três ou quatro anos pela Comunidade Europeia da regra 6+5, que imporia a utilização de seis jogadores nacionais no onze das equipas envolvidas nos campeonatos continentais, a opção dos portistas pela contratação de jogadores jovens, portugueses e de elevado potencial não é apenas uma questão de opção filosófica, mas uma necessidade incontornável.
Nesse sentido, poder contar com aquilo que se pode designar como a coluna vertebral da Selecção Nacional B é, claramente, uma vantagem concorrencial para os tricampeões nacionais.
"Ainda é demasiado cedo para se avançar com prognósticos, se a lei vai vingar ou não. Tudo o que se possa dizer nesta altura é pura especulação"
"O processo de consulta às ligas e aos clubes, bem como a outros organismos, é muito amplo e complexo. O presidente da FIFA queria que a norma funcionasse já em 2010/11, mas, face às dificuldades, já se mostrou receptivo a adiar a entrada em vigor"

Fonte: O Jogo

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