SP. BRAGA 1-0 V. GUIMARÃES
Por instantes, as palavras do lendário Bill Shankly (técnico do Liverpool entre 1959 e 1974) ecoaram no derby do Minho. «O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais do que isso». O digladiar entre Sp. Braga e V. Guimarães foi feroz. Vizinhos, arqui-rivais, de corpo e alma no ultimo jogo que ambos queriam perder. Levou a melhor a equipa de Jorge Jesus, por 1-0, com um golo anotado logo na fase inicial por Paulo César.
O jogo não foi bonito. Muito longe disso. Foi rijo, agressivo, disputado com mais coração do que com cabeça. E teve um vencedor justo. Principalmente por aquilo que fez na primeira parte. O Vitória perdeu e ficou ainda mais longe dos lugares que darão acesso às competições europeias. Enfim, a peleja teve odores de derby, sinais de agruras de uma rivalidade anciã, mas não teve bom futebol na maior parte do tempo.
O único golo, como escrevemos, surgiu no início. Luís Aguiar (saiu demasiado cedo da partida, por lesão) fugiu pelo lado esquerdo e cruzou com primor para Paulo César. O avançado, na sua segunda presença como titular na Liga, mostrou que pode jogar com mais regularidade.
Cajuda errou e reconheceu-o bem cedo
Manuel Cajuda falhou redondamente. O técnico apostou numa espécie de 3x4x3 (três centrais para os dois avançados do Sp. Braga), mas a equipa não absorveu as indicações do técnico. O início da partida do V. Guimarães foi francamente mau e o Sp. Braga só não fez mais golos por demérito de Renteria (surgiu duas vezes diante de Nilson mas rematou contra o brasileiro).
Os arsenalistas só começaram a sentir dificuldades a partir dos 31 minutos. Cajuda reconheceu o erro da estrutura escolhida e abdicou de Danilo, um dos centrais, para colocar o atacante Roberto. O Vitória melhorou, teve duas boas situações até ao intervalo por Marquinho, mas aparentou sempre um desequilíbrio emocional preocupante.
Entusiasmo e guerrilha verbal
Roberto e Luís Filipe, pelo menos eles, justificaram a célebre expressão de Bill Shankly. As entradas absolutamente perigosas sobre Evaldo e César Peixoto conferiam um tom bélico a uma partida já chamuscada pelas provocações das bancadas.
Ânimos exaltados com regularidade, um árbitro algo perdido num caldeirão de vapores viperinos e uma partida bloqueada pela postura açaimada dos dois conjuntos. O futebol, claro, foi o principal prejudicado no meio deste clima, algures entre o entusiasmo e a guerrilha verbal.
A etapa complementar, arduamente disputada e com um Vitória já ao nível do seu oponente, trouxe perigo para as duas balizas somente nos derradeiros instantes. O Sp. Braga, no entanto, segurou a vantagem e mantém-se em posição excelente para ser um dos grandes vencedores da Liga 2008/09. Refira-se, contudo, que parece ter ficado por marcar uma grande penalidade contra o Sp. Braga aos 84 minutos, por derrube de João Pereira a Desmarets. Falta há. Foi cometida dentro ou fora da área?
Apito final, explosão de vermelho nas bancadas e um sorriso trocista de Bill Shankly perante tamanha rivalidade, dentro e fora do relvado. Por vezes, um jogo de futebol parece mesmo muito mais do que uma questão de vida ou de morte.
O jogo não foi bonito. Muito longe disso. Foi rijo, agressivo, disputado com mais coração do que com cabeça. E teve um vencedor justo. Principalmente por aquilo que fez na primeira parte. O Vitória perdeu e ficou ainda mais longe dos lugares que darão acesso às competições europeias. Enfim, a peleja teve odores de derby, sinais de agruras de uma rivalidade anciã, mas não teve bom futebol na maior parte do tempo.
O único golo, como escrevemos, surgiu no início. Luís Aguiar (saiu demasiado cedo da partida, por lesão) fugiu pelo lado esquerdo e cruzou com primor para Paulo César. O avançado, na sua segunda presença como titular na Liga, mostrou que pode jogar com mais regularidade.
Cajuda errou e reconheceu-o bem cedo
Manuel Cajuda falhou redondamente. O técnico apostou numa espécie de 3x4x3 (três centrais para os dois avançados do Sp. Braga), mas a equipa não absorveu as indicações do técnico. O início da partida do V. Guimarães foi francamente mau e o Sp. Braga só não fez mais golos por demérito de Renteria (surgiu duas vezes diante de Nilson mas rematou contra o brasileiro).
Os arsenalistas só começaram a sentir dificuldades a partir dos 31 minutos. Cajuda reconheceu o erro da estrutura escolhida e abdicou de Danilo, um dos centrais, para colocar o atacante Roberto. O Vitória melhorou, teve duas boas situações até ao intervalo por Marquinho, mas aparentou sempre um desequilíbrio emocional preocupante.
Entusiasmo e guerrilha verbal
Roberto e Luís Filipe, pelo menos eles, justificaram a célebre expressão de Bill Shankly. As entradas absolutamente perigosas sobre Evaldo e César Peixoto conferiam um tom bélico a uma partida já chamuscada pelas provocações das bancadas.
Ânimos exaltados com regularidade, um árbitro algo perdido num caldeirão de vapores viperinos e uma partida bloqueada pela postura açaimada dos dois conjuntos. O futebol, claro, foi o principal prejudicado no meio deste clima, algures entre o entusiasmo e a guerrilha verbal.
A etapa complementar, arduamente disputada e com um Vitória já ao nível do seu oponente, trouxe perigo para as duas balizas somente nos derradeiros instantes. O Sp. Braga, no entanto, segurou a vantagem e mantém-se em posição excelente para ser um dos grandes vencedores da Liga 2008/09. Refira-se, contudo, que parece ter ficado por marcar uma grande penalidade contra o Sp. Braga aos 84 minutos, por derrube de João Pereira a Desmarets. Falta há. Foi cometida dentro ou fora da área?
Apito final, explosão de vermelho nas bancadas e um sorriso trocista de Bill Shankly perante tamanha rivalidade, dentro e fora do relvado. Por vezes, um jogo de futebol parece mesmo muito mais do que uma questão de vida ou de morte.
Fonte: Maisfutebol
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