A 12 de Dezembro de 2004, Giovanni Trapattoni dizia no final de uma derrota por 1-4, diante o Belenenses, que não era uma catástrofe perder por números tão expressivos. E até é verdade que não foi uma catástrofe para a equipa, que acabou por se sagrar campeã nacional nessa época, mas a carreira do guarda-redes Moreira, então em ascensão, sofreu um grande revés. O camisola 1 simplesmente não voltou a jogar mais para o campeonato essa época - e, na verdade, nem foi culpado pelos quatro golos sofridos na noite fria do Restelo -, sendo relegado para o banco de suplentes. Moreira não terá, pois, boas recordações do treinador italiano.
No próximo desafio, com o Marítimo, se saberá como Quique Flores vai lidar com uma situação algo semelhante à de Moreira, mas tendo Quim, agora, como protagonista. O internacional português teve uma noite para esquecer anteontem, na Luz, deitando tudo a perder - leia-se, a liderança do Campeonato - com um frango ao cair do pano. Aliás, no primeiro golo do Setúbal também não ficou bem na fotografia. Isto depois dos seis golos sofridos pela Selecção, frente ao Brasil, e mais cinco em Atenas. "Não penso que esta exibição de Quim tenha sido consequência dos muitos golos sofridos anteriormente. Pelo que conheço dele, não foi falta de confiança, pois ele tem qualidades psicológicas superiores", declarou, a O JOGO, Jorge Sequeira, psicólogo desportivo que trabalhou no Sporting de Braga.
O especialista reconhece, porém, que Quim deve estar cabisbaixo. "É normal que a ansiedade aumente, porque diminui a margem para voltar a falhar. Sendo justo ou não, ele já está sob fogo, e isso é incontornável", sustenta. Para o psicólogo, a forma de contornar a situação passa por um voto de confiança de Quique Flores. "A ansiedade funciona na proporção inversa da autoconfiança. Ou seja, para diminuir a ansiedade, é preciso aumentar a autoconfiança. E o treinador tem poder para o fazer continuando a pô-lo a jogar. Se não o fizer, Quim ficará com o rótulo de perdedor e demorará mais tempo a voltar ao seu nível."
No próximo desafio, com o Marítimo, se saberá como Quique Flores vai lidar com uma situação algo semelhante à de Moreira, mas tendo Quim, agora, como protagonista. O internacional português teve uma noite para esquecer anteontem, na Luz, deitando tudo a perder - leia-se, a liderança do Campeonato - com um frango ao cair do pano. Aliás, no primeiro golo do Setúbal também não ficou bem na fotografia. Isto depois dos seis golos sofridos pela Selecção, frente ao Brasil, e mais cinco em Atenas. "Não penso que esta exibição de Quim tenha sido consequência dos muitos golos sofridos anteriormente. Pelo que conheço dele, não foi falta de confiança, pois ele tem qualidades psicológicas superiores", declarou, a O JOGO, Jorge Sequeira, psicólogo desportivo que trabalhou no Sporting de Braga.
O especialista reconhece, porém, que Quim deve estar cabisbaixo. "É normal que a ansiedade aumente, porque diminui a margem para voltar a falhar. Sendo justo ou não, ele já está sob fogo, e isso é incontornável", sustenta. Para o psicólogo, a forma de contornar a situação passa por um voto de confiança de Quique Flores. "A ansiedade funciona na proporção inversa da autoconfiança. Ou seja, para diminuir a ansiedade, é preciso aumentar a autoconfiança. E o treinador tem poder para o fazer continuando a pô-lo a jogar. Se não o fizer, Quim ficará com o rótulo de perdedor e demorará mais tempo a voltar ao seu nível."
Plano psicológico
O psicólogo dá duas estratégias a Quim para diminuir a ansiedade que possa estar a sentir e recuperar a autoconfiança:
Relaxamento muscular progressivo para atacar a parte somática da ansiedade
Visualização mental ou inoculação de imagens, tentando introduzir no pensamento imagens positivas com base na ideia "Nós somos aquilo que pensamos"
O que Quique pode fazer
O treinador deve, segundo o especialista em psicologia desportiva:
Continuar a apostar em Quim no próximo jogo da equipa. Se , ao invés, chamar Moreira, será mais difícil a Quim digerir a situação
Diminuir a importância do sucedido relativizando a situação: A culpa é da equipa e não de um jogador em particular.
O psicólogo dá duas estratégias a Quim para diminuir a ansiedade que possa estar a sentir e recuperar a autoconfiança:
Relaxamento muscular progressivo para atacar a parte somática da ansiedade
Visualização mental ou inoculação de imagens, tentando introduzir no pensamento imagens positivas com base na ideia "Nós somos aquilo que pensamos"
O que Quique pode fazer
O treinador deve, segundo o especialista em psicologia desportiva:
Continuar a apostar em Quim no próximo jogo da equipa. Se , ao invés, chamar Moreira, será mais difícil a Quim digerir a situação
Diminuir a importância do sucedido relativizando a situação: A culpa é da equipa e não de um jogador em particular.
Fonte: OJogo
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