segunda-feira, 13 de setembro de 2010

HULK: O HERÓI IMPROVÁVEL DE A.P. VASCONCELOS

EDITORIAL
Chegámos à quarta jornada, o FC Porto segue na linha da frente isolado, com 4 jogos e 4 vitórias. O percurso imaculado do Dragão, mais do que os árbitros, está a fazer ferver os nervos dos dirigentes e técnicos do Benfica, que atiram impropérios às arbitragens e à "pedradas", quando pretendem acertar nos rivais da Invicta.
Na verdade, nem os mais pessismistas adeptos da Águia estariam à espera de 4 jogos, 1 vitória: últimos lugares da Liga, a 9 pontos dos rivais de sempre. Quando na pré-época, de peito feito, todos "garganeiros" eles atiravam com humilhações a qualquer rival, chutavam goleadas verbais nos adversários directos e até nos europeus - aqui Mourinho também lhes encheu o peito de ar - os adeptos do FC Porto, Sporting, Sp. Braga baixavam as cabeças resignados, temendo que os ilustres gloriosos tudo arrasassem à sua passagem.
Veio a Supertaça e o primeiro murro no estômago, daqueles que nos fazem cair dos píncaros. Os azuis do Norte rejubilaram e passaram a acreditar mais no seu treinador. O Jesus desce à terra e caminha para as profundezas. Como o Benfica perdeu, nem uma palavra acerca do árbitro. A partir daí foi o descalabro que se conhece. O Benfica mais não fez que ganhar um jogo em casa e vira-se então para as arbitragens. Terá que se compreender e os benfiquistas estarão agora a compreender melhor os alaridos feitos pelos rivais do Norte aquando dos episódios dos túneis. Quem perde, arranja desculpas, umas mais certas e sérias que outras, obviamente, e aqui os vermelhos ainda não aprenderam.
Mas o que lhes pesará mais nas costas nem serão as arbitragens. Antes uma azia amarga, passe a redundância, perante a rentabilidade daquele a quem acusaram de violentador de stewards. Riam-se a bandeiras despregadas quando os do Porto diziam que a ausência do Hulk era determinante na perda do título, apresentava António Pedro Vasconcelos argumentos mais que suficientes para provar que o FC Porto jogava até melhor sem Hulk, menosprezando claramente aquele jogador fenomenal. Segundo o cineasta, tratava-se de um jogador mediano, sem qualquer qualidade extra.
Ora... esse senhor Vasconcelos continuava ainda há uma ou duas semanas a diminuir Hulk, garantindo ainda não ter mudado de opinião. De resto, não sei bem se também ainda mantém a sua posição do ano passado relativamente a Jesus, ele que afirmou que o seu treinador era melhor que Mourinho.
O grande autor de "A bela e o papparazzo", uma comédia romântica, essa sim, totalmente mediana não terá concerteza visto o jogo de sábado, em que o "jogador mediano" desbaratou por completo uma equipa do Braga pouco menos que excelente. Também não deve gostar de estatísticas ou dados empíricos, ele que até parece ser um romântico. Mas mesmo assim, esta imagem da capa do jornal O Jogo é dedicada especialmente a ele.

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