segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

ÁRBITRO DÁ LIDERANÇA AO BENFICA

2 grandes penalidades perdoadas e golo em posição irregular falseiam resultado e tiram Jorge Jesus do sério
BENFICA 1-0 BRAGA
Cumprindo a tradição, Sp. Braga não conseguiu vencer na Luz e o Benfica garantiu três preciosos pontos, com um golo solitário de David Luiz. O tento, apontado em cima do final da primeira parte, promete gerar polémica, já que foi conseguido em fora de jogo. Os encarnados conseguiram atingir os seus objectivos, mas não tiveram atitude de «grande». Para chegar ao título a formação da Luz tem de ser mais do que foi este domingo. Tem, pelo menos, essa obrigação.
Quique Flores operou duas alterações em relação ao onze que venceu o V. Guimarães, na Taça da Liga. Uma delas já era previsível perante a ausência de Balboa dos convocados ¿ regressou Ruben Amorim à direita. A outra não surpreendeu, mas acabou por revelar alguma incoerência do treinador.
O espanhol afirmou que está a testar os três guarda-redes para conseguir encontrar o titular. Seguindo esse raciocínio parecia lógico que Moretto voltasse a colocar-se entre os postes. Um jogo e nenhum golo sofrido pareciam argumentos suficientes. No entanto, parece que o brasileiro não está no mesmo patamar de Quim e Moreira, porque não lhe foi dada a oportunidade de dar continuidade ao seu trabalho e de provar que o treinador pode contar com ele. Incoerência de discurso à parte, a verdade é que Moreira mostrou que Quique fez uma boa aposta.
Até aos dez minutos nada de grande registo, mas aos 11 a Luz pôde vibrar. Katsouranis fez um grande passe para Suazo, na esquerda, que rematou de pé direito. O camisola 30 tentou colocar a bola em arco no canto esquerdo. O hondurenho empolgou o público mas Eduardo brilhou. Já os visitantes tiveram a melhor oportunidade aos 29 minutos, na sequência de um canto. Alan obrigou Moreira a estar atento.
Golo em posição irregular
Houve períodos em que o Sp. Braga teve maior posse de bola. Os encarnados pareciam ficar à espera do adversário para surpreendê-lo em contra-ataque, jogando demasiado para Suazo. Mas, feitas bem as contas, o encontro pautou-se pelo equilíbrio. Por isso, o golo de David Luiz surgiu sem que ninguém contasse, já em tempo de descontos, e com o defesa em fora de jogo.
Os bracarenses entraram melhor na segunda parte. Voltaram, tal como no início da partida, a reclamar a bola para si. O Benfica voltou a tentar recuperar o jogo e a apostar nos lançamentos rápidos, mas sem grande êxito.
Eduardo manteve a esperança
Aos 55 minutos até podia ter «morto o jogo». Suazo serviu Di María, que entrou pela esquerda e foi travado por Mossoró. O árbitro Paulo Baptista assinalou penalty. O hondurenho rematou para a defesa de Eduardo. Uma grande oportunidade desperdiçada. Aliás, a melhor ocasião para os encarnados, durante a segunda metade.
A formação de Jorge Jesus até podia ter empatado, mas os seus homens mais avançados não tiveram grande pontaria. Rentería surgiu isolado frente a Moreira, aos 85 minutos, mas não conseguiu vencer o duelo com o guardião. Um golo que poderia ter reposto alguma justiça no resultado - se é que se pode falar nesse conceito num jogo que envolve tantas variáveis, uma das quais a sorte/azar.
Aos 68 minutos fica a ideia de que Luisão fez falta na área sobre Matheus, pelo que ficou um penalty por marcar. Juntando este lance ao golo mal validado pode dizer-se que o trabalho do trio de arbitragem influenciou directamente o resultado. Os bracarenses terão razões para protestos.
Maisfutebol.

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