quinta-feira, 30 de setembro de 2010

DRAGÃO ABSOLUTAMENTE IMPARÁVEL

CSKA Sófia 0-1 FC Porto
Uma insuficiência rara neste F.C. Porto para materializar com golos a superioridade apresentada no relvado rendeu a vitória mais magra da época. A formação de Villas-Boas acabou por sofrer, é verdade que sim, sofreu aliás a um nível muito próximo do que tinha feito na Figueira da Foz, e apenas por culpa dele.

Sobretudo na primeira parte a superioridade portista foi notável. O CSKA Sófia fez, por exemplo, o primeiro remate aos 38 minutos. Antes disso já Falcao tinha inaugurado o marcador, numa jogada em que parece partir centímetros à frente do penúltimo adversário, e já tinha desperdiçado duas ou três ocasiões claras de golo.

Com várias alterações no onze em relação à recepção ao Olhanense, mas sem mudar um milímetro nos princípios de jogo, o F.C. Porto entrou dominante, com uma capacidade de pressão muito alta que baralhou por completo as ideias ao adversário. Durante toda a primeira parte só deu azul. Impressionante.

Destaque nesse aspecto particular para a boa entrada de Souza. O trinco substituiu o compatriota Fernando e integrou-se bem na dinâmica da equipa, tornando-se importante sobretudo na forma como o Porto recuperava bolas. Sapunaru manteve o bom nível recente, enquanto Rodriguez foi o menos exuberante dos novos.

Maicon, por outro lado, que substituiu Rolando e fez uma dupla de centrais inédita com Otamendi, ficou perto de marcar numa bola parada ofensiva, mas acabou por ser levado na maré de erros defensivos (tal como Otamendi e sobretudo Álvaro Pereira) que permitiram ao CSKA ameaçar o empate em quatro ocasiões.

Michel Platini uma, Michel Platini duas... ao lado

Valeu nessa altura que Michel Platini e Sheridan não acertaram na finalização. Sobretudo o primeiro, num cabeceamento solto, ameaçou despejar um balde de água fria sobre os jogadores portistas. Um balde de água fria que seria injusto, por tudo o que o F.C. Porto jogou e criou praticamente sem abrandar.

Mesmo quando o CSKA subiu no terreno e deu sinais de que podia, também ele, fazer um golo, o que levou Villas-Boas a responder com os frescos Varela, Walter e Guarín, mesmo nessa altura, dizia-se, o F.C. Porto não soube abrandar, mantendo os olhos na baliza adversária e continuando a criar ocasiões de golo.

Falcao, Belluschi, o já referido Maicon, Walter e Rodriguez, uma mão-cheia de jogadores, portanto, ficaram perto de fazer o golo da tranquilidade que o F.C. Porto procurou até ao fim sem parar. Mesmo que isso lhe valesse alguma descompensação defensiva. Mas também por isso é que esta equipa é admirável.

Feitas todas as contas, os azuis e brancos seguem imparáveis, somando vitórias atrás de vitórias. Esta noite conquistaram a décima primeira, que lhe permite manter o trajecto cem por cento vitorioso. Mais do que isso, permitiu-lhe garantir o sexto ponto do Grupo L da Liga Europa, que continua a liderar. Com distinção.
Fonte: Maisfutebol

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