quinta-feira, 21 de outubro de 2010

TURCOS CONGELADOS POR HULK E COMPANHIA

EUROPA LEAGUE: Besiktas 1-3 FC Porto
Inferno congelado pela frieza de um F.C. Porto brilhante, seguro e irrepreensível no aproveitamento ofensivo. União azul e branca perante as adversidades, com dois golos marcados em inferioridade numérica. Um enorme Hulk, a arrancar aplausos dos próprios adeptos do Besiktas, após o tento inaugural de Falcao (1-3). Categoria tremenda da equipa de Villas-Boas, que terminou o jogo com nove elementos.

O F.C. Porto foi surpreendido pela pressão inicial do Besiktas, que recorria a alguma agressividade para provocar erros no sector intermediário dos dragões. Ao contrário das suspeitas levantadas por Villas-Boas, não houve mesmo Quaresma nem Guti. Aliás, a equipa da casa teve apenas quarto elementos no banco.

O primeiro aviso surgiu logo ao terceiro minuto de jogo, quando o guarda-redes do F.C. Porto saiu da baliza para evitar o golo de Nihat. Helton esteve em plano de destaque ao longo da partida, transmitindo tranquilidade e segurança para os seus companheiros de equipa.

Após um quarto-de-hora de intensa pressão, os dragões conseguiram entender os riscos e encontrar o antídoto. Com Hulk a furar e Falcao a incomodar os centrais adversários, a equipa de André Villas-Boas começou a subir e logrou desfazer o nulo.

Um voo contra o inferno

O canto surgiu de uma combinação entre Alvaro Pereira e Hulk, com o uruguaio a cruzar para a cabeça de Falcao. Toraman antecipou-se e desviou para a linha de fundo. Contudo, na sequência, Belluschi bateu para o coração da área e, desta vez, Falcao voou mais alto que qualquer adversário. O guarda-redes do Besiktas falhou a defesa e ficou a ver a entrada fulgurante do avançado (27m).

Dez minutos depois, Radamel Falcao viria a balançar novamente as redes. Porém, a equipa de arbitragem assinalou uma pretensa falta do colombiano sobre o seu marcador directo, após cruzamento de Hulk. Um golo mal anulado, que inquietou os dragões.

O Besiktas continua a desenhar lances de perigo, valendo a inspiração de Helton para segurar a desvantagem. Ainda antes do intervalo, Maicon seria expulso por uma falta evitável, quando Nobre se isolava em direcção à baliza do F.C. Porto. Falcao ainda reclamou mais uma decisão, desta vez por uma carga no limite da área, não assinalada. O intervalo chegou com protestos veementes dos azuis e brancos.

Falcao ficou a ver Hulk marcar

O F.C. Porto regressava dos balneários com firme convicção de que iria passar pelo inferno. André Villas-Boas, como seria de esperar, recompôs o quarteto defensivo com a entrada de Otamenti. Entre Rodriguez e Falcao, o técnico apostou no sacrifício do colombiano.

Sobrou Hulk, um herói com carta branca para aventuras no último reduto contrário. Chegou para as encomendas. O Besiktas atacava sem freio, esquecendo as reputadas debilidades da sua defesa. E assim, ao minuto 59, escreveu-se direito por linhas tortas.

Os dragões chegaram ao 0-2, que tinha sido negado a Falcao, na sequência de um erro tremendo de Zapotocny. O central, após bola longa, falhou completamente o corte e deixou Hulk com via aberta para a baliza turca. O brasileiro dominou e tocou em jeito, à saída de Arikan. O F.C. Porto saía com esperteza de uma situação bicuda.

O Besiktas acusou o tento consentido e foi baixando progressivamente os braços. A defensiva azul e branca melhorou consideravelmente, na etapa complementar, e Helton resolvia os restantes problemas.

Lá na frente, ficou Hulk, que fez tudo o que quis de Ibrahim Uzulmez, bisando para os aplausos dos próprios adeptos do Besiktas. Acontecera o mesmo com Quaresma, há três anos. O inferno turco rende-se ao talento, venha ele de onde vier.

Tempo ainda para mais uma expulsão, com Fernando a ver o segundo amarelo de forma escusada, e o golo de honra do Besiktas,apontado por Bobô.
Fonte: Maisfutebol

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